Lula lança obras e é recebido com festa por petroleiros do RS
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, visitou nesta manhã a plataforma P-53, em Rio Grande (RS). A P-53 está em fase final de construção e integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em seguida, o presidente vistoriou as obra
Publicado 03/04/2008 18:10
A P-53 chegou ao Porto de Rio Grande no dia 4 de setembro de 2007, para a fase final de sua construção, após ser trazida de Cingapura. A conclusão dos trabalhos está prevista para o quarto trimestre de 2008. Em seguida, a plataforma será instalada na Bacia de Campos, no campo de Marlim Leste, em local cuja profundidade do mar é de 1.080 metros. A P-53 terá capacidade de produzir 180 mil barris/dia de óleo, 6 milhões de metros cúbicos de gás, além de tratar e injetar 245 mil metros cúbicos de água por dia e gerar 92 megaWatt de energia. O investimento na plataforma é de US$ 1,3 bilhão.
Lula subiu na plataforma de elevador, abraçou operários, deu autógrafos, distribuiu beijinhos para mulheres, e demonstrava estar contente. Depois visitou também as obras do dique-seco do porto. O presidente tem sido aplaudido em todos os lugares por onde tem passado no Rio Grande.
Após visitar as obras da Petrobras no Porto de Rio Grande, o presidente seguiu para a Fundação Universidade Federal do Rio Grande (Furg), onde participa da inauguração do Centro Integrado de Desenvolvimento do Ecossistema Costeiro e Oceânico (Cidec-Sul). Durante a cerimônia será assinado acordo de cooperação entre a Secretaria de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República (Seap) e a Furg para ampliar o Projeto Amazônia Azul, que oferece a estudantes de Oceanografia a possibilidade de participar de cruzeiros científicos no navio oceanográfico Atlântico Sul, mantido pela Universidade.
PAC e política
Num rápido e único discurso nos três eventos, o presidente Lula rebateu as críticas de quem diz que ele faz uso político das obras do PAC. Lula disse que vai continuar viajando pelo país não só para anunciar as obras do programa, mas também para exigir do povo que as fiscalize.
O presidente estava acompanhado de seis ministros: Dilma Rousseff (Casa Civil), Tarso Genro (Justiça), Nelson Jobim (Defesa), Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário), Fernando Haddad (Educação) e Franklin Martins (Comunicação).
''Tem gente que acha que isso aqui é política, que estou tirando proveito político. Para mim, é o seguinte: eu não tenho eleição para presidente, portanto o que eu tenho, são muitos investimentos do governo federal. E nós estamos viajando agora e vamos continuar viajando depois'', disse o presidente.
Logo depois de lembrar que prefeitos em campanha à reeleição não poderão subir em palanque no período eleitoral, o presidente reafirmou: ''Mas eu posso viajar com governadores, com secretários e nós vamos continuar (viajando)'', disse Lula.
Territórios da Cidadania
''Dizem que eu tenho sorte. Melhor assim, porque se tivesse azar, o Brasil inteiro sofreria com esse azar'' disse Lula, que no mesmo evento assinará atos do Programa ''Territórios da Cidadania''.
Ao comentar o lançamento do programa na metade sul do Rio Grande do Sul, a parte mais pobre do Estado, Lula enfatizou o impacto do investimento de mais de R$ 11 bilhões, que este ano deverá atingir 958 municípios habitados por 24 milhões de pessoas. Lula comparou o programa a transformações promovidas pelas revoluções socialistas da Rússia e de Cuba.
“Não sei se a Rússia depois da revolução de 1917 fez algo semelhante, não sei se Cuba fez algo semelhante… que Deus ajude para que a gente possa executar esse programa, para que o mundo todo aprenda que é possível crescer com distribuição de renda”, disse Lula na Fundação Universitária Federal do Rio Grande do Sul (Furg), onde participou da inauguração de centro de desenvolvimento do ecossistema oceânico.
“Crescer para poucos qualquer um pode fazer, crescer e colocar mesmo que pouco dinheiro na mão de muitos é o grande milagre que o mundo precisa conhecer”, acrescentou Lula, que já classificou o programa Territórios da Cidadania como o “segundo grande passo” para erradicar a pobreza no País, depois do Bolsa Família.
Da redação,
com agências