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Entidades estudantis recolhem carteiras de falsos estudantes

Na semana passada, um suposto estudante foi até a sede da UNE e da UPES para levar os formulários requisitados para aquisição da carteirinha de estudante emitida pelas entidades. Os emissores da carteirinha desconfiaram das informações contidas no formulá

Embora não tenham exclusividade na emissão de carteirinhas, as entidades estudantis estão atentas às possíveis fraudes que possam ocorrer nas aquisições e já estão tomando providências para fiscalizar a emissão de suas carteirinhas.


 


Hoje, há uma dificuldade muito maior em fiscalizar a emissão deste benefício para os estudantes. Desde 2001, um projeto de lei autorizou os estabelecimentos de ensino a emitir carteirinha de estudante, tirando a exclusividade da UNE. Atualmente, as carteirinhas de estudante estão presentes nas compras de ingressos para shows, espetáculos, estádios, cinemas e representam 82% dessas bilheterias.


 


A UNE e a Upes (União Paulista de Estudantes Secundaristas)  adotaram um novo sistema para a aquisição das mesmas. O contrato entre as entidades e o Departamento Estadual de Carteiras (DEC), que cuida do processo de emissão, também ficou mais rígido, exigindo relatórios semanais de documentações e formulários.


 


As novas exigências são: comprovantes escolares e documentos de identificação originais. Após a verificação dos dados, eles ligam para as entidades de ensino para confirmar a matrícula do inscrito. Uma outra medida também adotada foi a multa que as entidades aplicarão ao Órgão Distribuidor (OD), responsável pela distribuição das carteirinhas, que pagará uma taxa equivalente ao valor das carteiras sobre cada carteirinha fraudada.


 


As entidades também planejam solicitar das autoridades um órgão fiscalizador para que casos de fraudes e falsificações não ocorram com tanta freqüência como vem acontecendo.


 


Segundo o presidente da Upes,  Arthur Herculano, “a emissão desenfreada e sem fiscalização destas carteirinhas faz com que aumente muito o número de fraudes e da utilização deste benefício indevidamente. Deveria haver uma fiscalização mais veemente em relação a isso”.


 


“As conseqüências são prejuízos para os estabelecimentos, que se vêem obrigados a aumentar os valores dos ingressos, o que acaba lesando toda a população”, concluiu Arthur.