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Acordo permite continuidade da CPI mista dos cartões

Depois de reunião que durou mais de uma hora, os deputados e senadores da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Cartões Corporativos fecharam acordo de procedimento para a continuidade das investigações. Ficou decidido que será pedida ao Gabi

Ao abrir a reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Cartões Corporativos, a presidente do colegiado, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), anunciou cinco pontos do acordo firmado entre parlamentares de oposição e da base do governo em torno das ações da comissão de inquérito:




1. Solicitação ao Gabinete de Segurança Institucional para que determine os gastos considerados sigilosos nas contas do governo;



2. Criação de quatro sub-relatorias: de sistematização, de fiscalização de gastos, de controle de mecanismos de auditoria e de aprimoramento legislativo;



3. Solicitação ao Tribunal de Contas da União (TCU) do compartilhamento das auditorias feitas nas contas do governo, incluindo os anexos.



4. Solicitação ao TCU de técnicos para auditarem irregularidades apontadas para CPI.



Marisa Serrano anunciou ainda a realização de reunião nesta quarta-feira (16), quando deverão ser discutidos e votados requerimentos na comissão. Após o anúncio feito pela presidente da CPI, parlamentares do governo e da oposição elogiaram o entendimento obtido na reunião, destacando o respeito à preservação de dados sigilosos e a possibilidade de compartilhamento de informações já auditadas pelo TCU.



O objetivo é auxiliar o relator, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), a elaborar o relatório final. “Tendo em vista as muitas caixas de documentos que chegaram ontem e a informação de que mais chegariam mais 700 hoje”, explicou a senadora Marisa Serrano.



Relator diz que já pode concluir texto



O relator Luiz Sérgio disse, também nesta terça, que já tem elementos para elaborar o relatório final apenas com os documentos não-sigilosos encaminhados pelo Executivo à CPI.



Ele adiantou que irá fazer sugestões para maior fiscalização no uso dos cartões, entre elas, a possibilidade de filtro de uso “para que os cartões não sejam mais usados em free shops” e a proibição de saques em dinheiro.



O deputado afirmou que ainda não vai investigar o uso do cartão corporativo pelo reitor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ulysses Fagundes Neto. Reportagens publicadas na imprensa afirmam que ele usou cartão corporativo para pagar despesas em viagens ao exterior. Segundo a Unifesp, todas as viagens foram para participar de eventos acadêmicos. Mas a imprensa insiste na escandalização do assunto.



Luiz Sérgio também descartou a convocação de ministros do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O relator disse ser contra a convocação dessas pessoas antes de a CGU fazer alguma investigação ou auditoria nos gastos com contas tipo B. “Outros ex-ministros que aqui vieram foi com o espírito de colaboração, não pesava sobre eles nenhuma suspeita”, afirmou.



Da redação,
com agências