Apeoesp rebate 'Veja' e nega queima de livros à moda nazista
A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) contestou matéria publicada na revista Veja, edição 2056 de 16 de abril, com o título “Fogueira ideológica”, que atribui ao sindicato uma queima de livros didáticos ocorrida no
Publicado 15/04/2008 20:29
A publicação do grupo Abril faz ilações, associando a prática à Inquisição da Igreja Católica e ao nazismo, aproveitando para defender o novo currículo escolar produzido pela Secretaria Estadual de Educação paulista.
O presidente da Apeoesp, Carlos Ramiro de Castro, afirma que este “foi um ato isolado em assembléias que transcorrem de forma pacífica e ordeira. A incineração do material não partiu, de forma alguma, da direção da Apeoesp, que é um dos maiores sindicatos da América Latina.”
Ramiro reitera que Veja “ignora constantemente a opinião da Apeoesp” e teria “buscado em um ato isolado, motivos para criticar a atuação de uma entidade democrática com mais de 60 anos de história na defesa da educação pública”.
Veja a íntegra da resposta da Aepoesp abaixo.
A queima de livros que rendeu uma página na última edição da revista foi um ato isolado em assembléias que transcorrem de forma pacífica e ordeira. A incineração do material não partiu, de forma alguma, da direção da Apeoesp, que é um dos maiores sindicatos da América Latina. Reafirmamos posição comunicada ao Conselho Estadual de Educação: “A direção do sindicato não tem controle sobre atitudes de indivíduos ou grupos que, em praça pública, se disponham a manifestar-se de outras formas que não aquelas por nós definidas.”
Lamentamos que a revista, que ignora constantemente a opinião da Apeoesp, tenha buscado em um ato isolado, motivos para criticar a atuação de uma entidade democrática com mais de 60 anos de história na defesa da educação pública. O suposto senso crítico da publicação deveria ser empregado também para diagnosticar as medidas educacionais, adotadas no Estado de São Paulo nos últimos anos, que tantos prejuízos vêm causando à qualidade do ensino. O mau desempenho gerado por estas políticas está sendo detectado em sucessivas avaliações nacionais e internacionais. Isso deveria provocar mais revolta do que atos isolados.
Profº Carlos Ramiro de Castro