UNE e UJS promovem ato na UFRN

Evento presta solidariedade aos universitários da UnB, e cobra maior participação da comunidade acadêmica nas decisões do Conselho


Representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE), no Rio Grande do Norte, juntamente com a UJS promoveram no início da tarde de hoje, no pátio da Reitoria da UFRN, o “Dia Nacional de Lutas nas Universidades Federais”, no intuito de prestar solidariedade aos estudantes da Universidade de Brasília, que ocuparam a reitoria para reivindicar maior autonomia do corpo docente nas políticas públicas e medidas administrativas realizadas na instituição.



No debate programado para acontecer durante toda a tarde, militantes da UNE e UJS, com estudantes da UFRN, discutiram a existência de empresas privadas que prestam serviços terceirizados às Universidades públicas, assim como a função e gerência dos recursos financeiros que as empresas recebem. “Temos um posicionamento contrário à contratação dessas empresas, já que não temos o controle da aplicação da verba e nem sabemos a origem dela.”, disse Josângela Bezerra, diretora da UJS. Os estudantes também reivindicam maior transparência e participação acadêmica em relação a quem usa e como usa os cartões corporativos.



Em relação ao reitor da UFRN, Ivonildo Rego, o Movimento o considera bom gestor, com posturas avançadas e democráticas. No entanto, alegou o vice-diretor da UNE, na regional RN e PB, Mário Luis Cavalcanti, “é preciso que haja uma maior abertura da comunidade universitária nas decisões acertadas pelo Conselho Universitário (Consuni), em relação às eleições diretas para reitoria”. Segundo Mário, falta uma paridade entre estudantes e funcionários das Universidades, junto aos conselhos deliberativos.



De acordo com Mário, que garante um despertar do Movimento, com as manifestações ocorridas, recentemente, em Brasília, outra pauta que deve ser, amplamente, debatida entre os estudantes, será o Plano Nacional de Reestruturação das Universidades Federais (Reuni). Para ele, não interessa somente à comunidade acadêmica saber dos investimentos que deverão ser aplicados até 2020 na UFRN. É preciso que haja reuniões constantes entre os gestores e os alunos, como forma de democratizar as decisões do Consuni. “Concordamos com o Reuni, mas não com as decisões tomadas, ao nosso ver, de forma isolada. Por exemplo, querem implantar um determinado curso na UFRN, mas será que é isso que os alunos almejam?”, indagou.



Outras reivindicações, por parte dos acadêmicos, são: Implantação de uma Auditoria Pública nas fundações de apoio em todo o país; Fim da Desvinculação de Receitas da União (DRU) e por 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a Educação; Expansão de vagas nas Universidades públicas; E assistência estudantil para a garantia de permanência do estudante na Universidade.



De Natal, Arthur Varela com informações do Jornal de Hoje.