Chapa 01 cobra esclarecimentos da Comissão Eleitoral

Integrantes da Chapa 01, do candidato reitor, professor Solimar Oliveira, se reuniram com o presidente da Comissão Eleitoral, professor Monte Filho, responsável pela execução da eleição na UFPI, que será realizada no dia 7 de maio. A reunião foi solicitad

Há dúvidas quanto à autonomia da Comissão Eleitoral. A Chapa 01 quer a garantia de urnas eletrônicas nos Campi do interior do Estado, além de informações sobre o número de estudantes da Educação a Distancia (EaD), a relação geral dos estudantes e outros questionamentos.


 
Logo no início da reunião, o presidente da Comissão Eleitoral informou que os Campi de Parnaíba e Floriano provavelmente não terão urnas eletrônicas. Os integrantes da Chapa 01, preocupados com a lisura do processo eleitoral, pediram explicações sobre a real solicitação destas urnas junto ao TRE – Tribunal Regional Eleitoral. Durante a explicação do presidente da Comissão Eleitoral, ficou claro para os membros da CHAPA 01 o descuido com a viabilização e legitimidade do processo eleitoral de uma envergadura do que ocorre – por volta de 22 mil eleitores –  faltando menos de 3 dias úteis para a realização das eleições.


 
Na reunião constatou-se que o uso de urnas eletrônicas no interior do Estado não foi definido, as mesas receptoras dos votos ainda não foram organizadas e, o mais grave, a Comissão Eleitoral admitiu que não tem autonomia sobre processo eleitoral, precisando – recorrentemente – consultar o reitor, que é candidato, sobre os encaminhamentos que precisam ser feitos.


 
Conforme informação do professor Monte Filho, a Comissão Eleitoral não tem documentação que comprove os pedidos e as negativas do uso de urnas eletrônicas nos Campi do interior do Piauí, o que comprova a informalidade do processo eleitoral. Informou que, ainda consultou o atual reitor sobre o uso das urnas eletrônicas. Devendo a própria Comissão Eleitoral dirigir os todos os processos, inclusive dirigir-se diretamente ao Tribunal Eleitoral para a solicitação de urnas, o presidente da comissão eleitoral encaminhou documento ao reitor para que este avaliasse e entrasse em contato com o TRE. O presidente argumenta que foi necessário se dirigir ao reitor porque as despesas da Comissão são pagas pela Administração Superior da UFPI, representada pelo reitor Luiz Júnior.


 
Diante disso, a professora Valéria Silva, da Coordenação Política da CHAPA 01, fez por escrito uma série de questionamentos ao professor Monte Filho, que envolviam o levantamento dos custos da eleição, a dotação financeira para que a Comissão trabalhasse autonomamente, o tipo de participação rotineira do reitor e seus assessores junto à Comissão. Destacou ainda que  o orçamento da eleição seria de fundamental importância para que a Comissão Eleitoral requeresse os valores de custo junto à Administração Superior ainda no início do processo eleitoral, para assim a Comissão ter autonomia e gerir os recursos destinados à realização do pleito, de acordo com o papel que lhe é atribuído pela Resolução nº. 008/08, onde o Conselho Universitário confere à Comissão Eleitoral autonomia para gerir o processo eleitoral.


 
Porém, o presidente da própria Comissão desconhece a informação: “A comissão eleitoral é uma Instituição dentro da UFPI, onde a autoridade maior é o reitor Luiz Júnior”. Frente a esta afirmação, o professor Fonseca Neto, representante da Chapa 01 na Comissão Eleitoral, lembrou ao presidente que esta autonomia é ainda mais importante quanto se tem o atual gestor como candidato à reeleição, e que isso torna o papel da Comissão Eleitoral ainda mais importante porque tem que saber discernir o candidato do administrador.


 
Para surpresa dos representantes da Chapa 01, o professor Newton Freitas, integrante da Chapa 02 e Pró-Reitor de Ensino de Graduação, entrou na reunião, polarizando a discussão. Sem cerimônia, ele começou a responder os questionamentos da CHAPA 01 ao presidente da Comissão Eleitoral, fortalecendo os indícios de que a Comissão Eleitoral assume papel questionável no processo.


 
Um dos questionamentos respondidos pelo professor Newton Freitas foi acerca da existência da Urna 39, onde supostamente estariam os nomes de “estudantes especiais”. No entanto, a CHAPA 01 constatou que tais nomes dizem respeito a estudantes de outras  Instituições de Ensino Superior ou portadores de diploma que cursam apenas uma disciplina na Universidade, mediante pagamento de taxa, o que segundo o não os constitui como alunos regulares da Instituição, logo não podem votar.


 
Fonseca Neto apontou a irregularidade e abuso do uso da máquina administrativa, já que a lista com nomes de alunos regularmente matriculados é de atribuição da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação -PREG, ou seja, sob a direção do professor Newton Freitas, que é ligado diretamente ao reitor e candidato a reeleição, Luiz Júnior.