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Após pressão do MST, recurso para habitação cresce

O Conselho Curador do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) decidiu ampliar em R$ 55 milhões o volume de recursos para financiamento da casa própria no setor rural neste ano. A medida atende à reivindicação do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurai

Depois da ocupação do MST à sede da Caixa Econômica Federal no mês passado, o presidente Lula convocou uma reunião no Palácio do Planalto, em que determinou aos ministros presentes -entre eles, Márcio Fortes (Cidades) e Carlos Lupi (Trabalho)- a ampliação dos recursos e a desburocratização do processo.


 


Os recursos do FGTS ainda se somarão a uma verba a ser destinada dentro do Orçamento da União para habitação rural. A intenção do governo é lançar em junho um programa específico para o setor.


 


Na reunião realizada em abril com os trabalhadores sem-terra, o ministro das Cidades, Márcio Fortes, já havia declarado a intenção de aumentar os recursos.


 


“O ministro se comprometeu a articular internamente para garantir os recursos que faltam para a construção das casas, o déficit das 100 mil casas prometidas do ano passado”, afirmou a sem-terra Marina dos Santos, após a reunião.


 


“O que nós temos de fazer é conseguir mais recursos ou do Fundo de Garantia ou de suplementação dentro o OGU [Orçamento Geral da União]”, disse o ministro no período.


 


Segundo Márcio Fortes, o Ministério das Cidades disponibilizou, no ano passado, R$ 160 milhões para a construção de moradias no meio rural. Entretanto, segundo Fortes, apenas R$ 40 milhões foram utilizados efetivamente. Ainda segundo ele,  poderiam ter sido construídas aproximadamente 31 mil casas, mas só foram erguidas cerca de 7,5 mil habitações.