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França pode ter greve geral contra reforma trabalhista

A CGT, maior central sindical da França, convocou nesta sexta-feira (30) uma greve geral para o mês de junho, em protesto contra o presidente Nicolas Sarkozy, que planeja dar às empresas mais chances de ignorar a lei de 35 horas de trabalho por dia.

A princípio, os sindicatos concordaram que tais negociações devem ser feitas pelas empresas, não por setores inteiros, mas estão ressentidos com o anúncio de que o plano do governo vai muito além.



A proposta do ministro do Trabalho, Xavier Bertrand, abriria caminho para negociações sobre o número máximo de horas extras que os empregados podem fazer e a compensação que receberiam caso trabalhassem mais do que isso.



As empresas precisariam da aprovação dos sindicatos que têm o apoio de 30 por cento dos empregados para fazer acordos sobre estes assuntos, em vez dos 50 por cento previstos pelo acordo inicial com o sindicato.



“Eles estão prontos para destruir boa parte da lei trabalhista e nós não vamos permitir que isso aconteça”, disse à rádio RTL Bernard Thibault, presidente da CGT.



“Os franceses que acordam cedo e os que também dormem tarde vão para as ruas”, acrescentou, referindo-se ao bordão de Sarkozy, que, durante as eleições, dizia para as pessoas acordarem cedo para trabalhar mais e ganhar mais dinheiro.



Fonte: Reuters