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Lula defende punição severa para desmatadores

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a aplicação de penas severas para quem descumprir a legislação ambiental, durante o Fórum de Governadores da Amazônia, nesta sexta-feira (30), em Belém.

“Eu acho que nós temos que punir duramente quem descumpre a legislação (ambiental). A lei não é aprovada por mim, a lei é aprovada pelo Congresso Nacional. Ela vale para o pequeno, para o médio e para o grande. Ela vale para o presidente da República e vale para qualquer outro setor. Se cada um de nós cumprir a lei, nós teremos um modelo de desenvolvimento extraordinário com a preservação ambiental”, disse.



Segundo ele, a sociedade precisa compreender que este não é um processo que a lei resolve.



“É uma questão cultural, de preservar o meio ambiente, preservar a nossa fauna e as nossas florestas, cuidar da nossa água será uma vantagem comparativa para o Brasil no mundo dos negócios agrícolas. É isso que nós temos que entender, porque se a gente não tiver cuidado, daqui a pouco tem um movimento internacional para não comprar produtos do Brasil, e isso será muito prejudicial”, afirmou.



Biocombustíveis



Lula viajou no mesmo dia para Roma, onde assistirá à conferência sobre segurança alimentar convocada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), na qual voltará a defender o etanol. Ele vai se reunir com autoridades convidadas para o encontro na próxima segunda-feira e, no dia seguinte, fará um discurso na mesma conferência, que se estenderá até o dia 5.



O presidente brasileiro aproveitará a oportunidade para reforçar a “ofensiva diplomática” a favor dos combustíveis de origem vegetal e, especialmente, do etanol que o Brasil produz a partir da cana-de-açúcar.



Os biocombustíveis têm sido apontados como responsáveis pela disparada dos preços dos alimentos no mundo, o que levou a FAO a convocar a conferência extraordinária da próxima semana.



A “ofensiva diplomática” de Lula a favor do etanol inclui uma Cúpula Mundial de Biocombustíveis, que acontecerá de 17 a 21 de novembro em São Paulo e para a qual já foram convidados representantes de centenas de países.



Fonte: Terra