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Ata do Copom gera temor de política de juros radicalizada

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) ameaça, na ata da reunião de 3 e 4 de junho, divulgada nesta quinta-feira (12), com um ciclo mais longo e radical de elevações da taxa básica de juros, Selic. A ata diz no parágrafo 22 que os juros s

A reunião de junho elevou a Selic em 0,5 ponto, para 12,25% ao ano. Segundo a ata da reunião, com 64 parágrafos, “o Copom adota uma estratégia que procura evitar uma trajetória inflacionária volátil” e que “a prudência passa a ter papel ainda mais importante, nesse processo, em momentos como o atual”. “Para que essa maior probabilidade continue se traduzindo em resultados concretos, entretanto, é preciso que os indicadores prospectivos de inflação, em particular a evolução esperada da demanda e da oferta agregadas, convirjam ao longo do período relevante para a política monetária”, afirma ainda.



A argumentação se estende ao cenário externo. “Há sinais de que pressões inflacionárias relevantes, tanto em economias maduras quanto nas emergentes, estariam se intensificando, evidenciando a presença de riscos inflacionários em escala global”, diz a ata.



“Atuação cautelosa”



De acordo o BC, “se mantém elevada a probabilidade de que pressões inflacionárias inicialmente localizadas venham a apresentar riscos para a trajetória da inflação”. O crescimento do crédito e o aumento da massa de salários são apontados como causadores de um “descompasso” entre oferta e demanda, que  na análise do BC “tende a exacerbar o risco para a dinâmica inflacionária”.



O Copom se empenha em defender sua política de juros altos das numerosas críticas que recebe:  “A persistência em uma atuação cautelosa e tempestiva da política monetária tem sido fundamental para aumentar a probabilidade de que, mesmo diante de pressões inflacionárias em escala global, a inflação no Brasil siga evoluindo segundo a trajetória de metas”, argumenta.



Da redação, com agências


 


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