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Aumenta número de migrantes na América Latina

A Seção Uruguaia da Plataforma de Direitos Humanos, Democracia e Desenvolvimento apresentou na última quarta-feira (11) o relatório sobre migrações e direitos humanos na América Latina e no Caribe. Dividido em quatro capítulos, o estudo aborda a magnitude

O relatório apontou que os processos migratórios tiveram um notável incremento em todas as regiões do mundo durante as últimas décadas. Em 1970, eram 29 países emissores de migrantes e 39 receptores, enquanto que, em 1990, o número de emissores passou para 55 e o de receptores para 67 países. O número de países que são ao mesmo tempo emissores e receptores saltou de quatro, em 1970, para 15 em 1990.



A migração de forma “regular” diminuiu em alguns países, o que é visto como um resultado de uma legislação mais restritiva. A migração “irregular”, no entanto, aumentou consideravelmente. As medidas tomadas por alguns países, como sistemas de segurança ou muros, não conseguem deter os deslocamentos, apenas os tornam mais perigosos e difíceis.



Na América Latina e no Caribe, o número de migrantes aumentou de 20 milhões, em 2000, para 25 milhões, em 2005, representando uma proporção superior a 13% do total de migrantes internacionais, de acordo com dados da CEPAL. As razões detectadas que contam na decisão de migrar são o desemprego, a insegurança, falta de acesso a direitos básicos, desastres naturais, grande sobras, conflitos armados.



Argentina, Costa Rica e Venezuela são os países que mais recebem migrantes. No Cone Sul, a Argentina tem sido o maior pólo de atração de imigrantes provenientes de todos os países vizinhos. Cerca de 3% da população Argentina é constituída de nacionais do Chile, Paraguai, Bolívia, Brasil e Uruguai.



Os que têm maior número de emigrantes são Colômbia, Chile, Paraguai e, em menor medida, o Uruguai. Este último se destaca pela perda relativa em relação ao seu tamanho populacional, a ponto de sua taxa de emigração alcançar valores similares aos de sua taxa de mortalidade.



Segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), o conflito interno colombiano já provocou o deslocamento forçado de cerca de quatro milhões de pessoas para outras regiões do país. De 2000 a 2006, aproximadamente 120 mil colombianos solicitaram refugio em diferentes países do mundo, especialmente Equador, Estados Unidos, Canadá e Costa Rica.



A situação de pobreza é uma das principais causas apontadas para a migração. Dados da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) indicaram que, entre 2003 e 2005, 13 milhões de pessoas haviam saído da situação de pobreza na região. No entanto, 213 milhões de latino-americanos ainda permaneciam pobres, representando 40,6% da população da área. Desse total, 88 milhões eram indigentes.