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Fase do país ajudará a obter Jogos Olímpicos, diz ministro

A Copa do Mundo de 2014, no Brasil, irá ajudar a campanha do Rio de Janeiro a sediar as Olimpíadas de 2016. Esta é a avaliação do ministro do Esporte, Orlando Silva, ao abordar o tema nesta quarta-feira (18), durante entrevista ao programa Bom Dia Mini

Copa e Olimpíada – ''A escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo foi muito importante para a candidatura aos jogos Olímpicos. Muitas das tarefas que o Comitê Olímpico Internacional exigiria que o País fizesse para 2016 já estarão cumpridas em 2014. O Rio tem grandes chances de ser uma das sedes da Copa do Mundo e, portanto, receberá uma série de investimentos necessários. Eu diria que as exigências que a Fifa faz para 2014 permitirão antecipar responsabilidades do Brasil para os Jogos de 2016. É uma vantagem comparativa. Assim como o sucesso dos Jogos Pan Americanos, que repercutiu no mundo todo, ajuda o Brasil. Para se ter uma idéia, no quesito instalações esportivas, as notas do Brasil foram melhores que as de Chicago. Tanto o Pan quanto a Copa de 2014 oferecem maiores condições para o Brasil sediar as Olimpíadas de 2016.''



Jogos Olímpicos de 2016 – ''Precisamos enfrentar o desafio de incluir o Rio nos jogos internacionais, porque isso é bom para o esporte brasileiro. Quando o Brasil conquista o direito de fazer uma Olimpíada, o esporte se mobiliza e entusiasma e isso vai interferir em um projeto esportivo de longo prazo. Mas Olimpíada é uma oportunidade única da construção do Brasil internacionalmente. Não apenas com relação ao turismo, mas para mostrar essa fase moderna do País, que tem democracia e competência gerencial. Como a Grécia e Athenas fizeram para realizar os jogos de Athenas 2004, em que ainda se tem muito que falar sobre aquele evento.''



Rio de Janeiro – ''Uma Olimpíada é muito mais do que um evento esportivo. Trata-se de uma forma de modernizar a cidade, fazer a infra-estrutura, gerar emprego e aquecer a economia. O governo federal está empenhado na candidatura olímpica. Tanto que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já garantiu que irá à abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim para mostrar o interesse do Brasil para com o movimento olímpico. Faremos de tudo para que, no dia 12 de outubro de 2009, o mundo possa saber que o Rio de Janeiro será a cidade sede dos Jogos Olímpicos de 2016.''



Respeito internacional – ''Estive em Atenas, quando foi decidido quais cidades passariam à reta final dessa disputa. Pude perceber que o Brasil goza hoje de grande respeito internacional. A estabilidade e o crescimento econômico, a distribuição de renda e a superação das desigualdades regionais reforçam esse respeito. Tudo isso cria um ambiente de maior confiança em relação ao País. Comentei na ocasião que o Brasil havia recebido um novo grau de investimento, desta vez por parte do Comitê Olímpico Internacional (referência a reclassificação do Brasil por agências do mercado financeiro). A indicação foi um certificado de que o Brasil é um país confiável para investimentos. Só chegam a essa fase os países que o COI acredita que possam receber uma Olimpíada. E o Brasil tem plenas condições disso, mas deve fazer seu dever de casa. Temos que montar um projeto consistente, enfrentando os principais pontos débeis identificados pelo Comitê Olímpico Internacional.''



Competição em Pequim – ''O Brasil já tem a maior delegação de sua história e provavelmente superará o antigo recorde de medalhas. Essa evolução nos resultados olímpicos reflete um investimento maior que o esporte brasileiro vem recebendo. Hoje, há um financiamento regular para as confederações e seleções nacionais de cada modalidade. O programa Bolsa Atleta apóia aqueles que não têm patrocínio. O esforço dos jogos Pan-Americanos mobilizou, preparou e qualificou mais nossos atletas. Uma associação entre o ministério do Esporte, a Petrobras e o Comitê Olímpico Brasileiro permitiu um investimento de R$ 26 milhões na reta final da preparação para as Olimpíadas. Tenho toda confiança de que teremos em Pequim um desempenho histórico. Quanto melhor os resultados que alcançarmos, maior será a motivação da população brasileira para a atividade física e o esporte.''



Inclusão social –  ''Acredito que o esporte competitivo e o esporte social são faces da mesma moeda. Os atletas de alto rendimento e as crianças e jovens que participam de programas de inclusão social são duas expressões fundamentais para desenvolver o esporte no País. Também há o programa Esporte e Lazer na Cidade, que atende a todas as faixas da população. Temos que investir cada vez mais em programas sociais esportivos porque a conquista do esporte olímpico motiva a população. A meta é apoiar tanto os atletas de alto rendimento quanto o esporte como forma de inclusão social, com mais investimentos, mais programas e melhor infra-estrutura.''



Bolsa Atleta – ''O Bolsa Atleta é um programa do ministério do Esporte que permite o apoio a atletas que possuam bom desempenho, mas que não tenham patrocínio. O programa apóia atletas estudantes ou que tenham bom desempenho em eventos nacionais, internacionais e olímpicos. O critério de escolha é estar na primeira, segunda ou terceira colocação da principal competição da modalidade em que ele atua. O atleta se inscreve no ministério do Esporte e pode, a partir do ano seguinte, receber todo mês uma bolsa que permitirá a ele concentrar-se no treinamento para competições. Os atleta s que desejarem mais informações podem acessar o site do ministério www.esporte.gov.br.''



Centro de Excelência -''Em Maringá (PR), inauguramos o Centro de Excelência Esportiva para a região Sul. É uma vila olímpica muito bem equipada. Concluímos a primeira fase e estamos iniciando a segunda. Teremos uma referência para atletas da região Sul, onde eles poderão se preparar, se desenvolver e se aperfeiçoar tecnicamente. Assim como fizemos na região Sul, teremos obras em Campinas (SP), no Sudeste; em Recife (PE), no Nordeste; em Goiânia (GO), no Centro-Oeste; e Manaus (AM), no Norte. A nossa referência é que, em cada região do País, tenha um local onde os atletas possam se aperfeiçoar, onde técnicos nacionais ou internacionais possam acompanhar a preparação em modalidades que o País tem pouca tradição. Esses Centros certamente contribuirão para o desenvolvimento do esporte brasileiro.''



Timemania – ''A Timemania atingiu seu primeiro objetivo, que é permitir o realinhamento fiscal dos clubes. Na medida em que a Timemania foi implantada, os clubes que aderiram passaram à situação de adimplência e regularidade fiscal. O segundo objetivo é criar uma receita nova para os clubes. Creio que ainda não atingimos plenamente o potencial, mas acredito que o público vai se acostumar a apostar na Timemania. A Caixa Econômica Federal está determinada a expandir a divulgação, o que vai estimular as apostas.''



Fonte: Emquestão