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Evo desafia oposição a aceitar a vontade do povo no dia 10

O presidente da Bolívia, Evo Morales, destacou neste sábado (26) a importância da ''consciência política do povo, adquirida na luta pela igualdade'', como algo vital para o processo de mudanças no país. Evo também chamou os líderes da oposição a compare

A demanda foi expressa durante a sessão inaugural do Congresso ordinário das Seis Federações do Trópico de Cochabamba, que organiza em sua maioria cultivadores de coca. Evo também recordou suas duas décadas como dirigente sindical dos camponeses cocaleros do Altiplano.

O presidente assinalou que aqueles que hoje se opõem à mudança são ''as mesmas famílias, a mesma oligarquia de antes'', que temem perder seus privilégios.

Evo Morales recordou que antes eles falavam de ''coca zero'', favoreciam a presença militar dos Estados Unidos e a repressão em regiões como o Chapare. Agora, tentam fazer fracassar o referendo revogatório do mandato popular, previsto para o próximo dia 10.

''O povo se dá conta perfeitamente do que está acontecendo e agora ninguém poderá enganá-lo'', advertiu Evo, referindo-se aos planos desestabilizadores da oposição.

O presidente também falou da importância ''de um instrumento político, de um partido'', para encabeçar ''todas estas lutas pela justiça e a igualdade social'' – instrumento que considera concretizar-se no MAS (Movimento Ao Socialismo).

Evo criticou a aliança dos partidos tradicionais de direita, que se opõem às transformações econômicas e sociais com apoio da maioria dos meios de comunicação, ''servís aos interesses da oligarquia''.

O presidente chamou os governantes, sobretudo aqueles da chamada ''Meia-Lua'' (departamentos de Pando, Bení, Santa Cruz e Tarija, na parte leste do país) a se submeterem à opinião do povo soberano em 10 de agosto. Nesta data os eleitores decidirão nas urnas quais as autoridades que devem permanecer em seus cargos, inclusive o de presidente da República.

Ele recordou que, conforme as regras aprovadas pelo Congresso no dia 8 de maio, para permanecer em seus cargos os governantes não poderão receber um número de votos contrários superior aos sufrágios favoráveis obtidos quando foram eleitos, em dezembro de 2005. No caso do próprio Evo, seu mandato seria revogado caso ele somasse mais de 53,7% de votos contrários.

Fonte: Agencia Boliviana de Infiormación