Messias Pontes: É muito fácil derrotar tucanos e demos

Derrotar candidatos tucanos e demos não é uma tarefa difícil. Basta ter competência e compromisso com o povo. Dezenas de motivos podem ser elencados, mas enunciaremos apenas uns poucos que são suficientes e isto precisa ser levado ao conhecimento do eleit

A área de saúde continua um caos graças aos senadores tucanos e demos que impediram a continuidade da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) que, se aprovada no ano passado, geraria uma receita de R$ 40 bilhões este ano, toda para a saúde. Mas atendendo aos apelos das oligarquias e do grande empresariado que sempre sonegaram impostos neste País, tucanos e demos impuseram uma fragorosa derrota àqueles que enfrentam filas nos postos de saúde e hospitais públicos para ser atendidos.


 


A elite econômica brasileira, que sempre teve desprezo pelos pobres, não sabe o que é passar uma noite numa fila para conseguir uma ficha para ser atendida no dia seguinte, isto quando consegue. O tucano cearense Tasso Jereissati quando precisa de atendimento médico pega o seu jatinho e vai para os Estados Unidos onde é atendido no melhor hospital de Cleveland. Isto ele faz rotineiramente.


 


Os R$ 40 bilhões anuais que os tucanos e demos tiraram da saúde dariam para construir e ampliar mais hospitais e postos de saúde, equipá-los melhor e garantir o remédio necessário para os que não podem comprá-lo; os profissionais de saúde seriam melhor remunerados e assim  motivados para residir em cidades do interior compondo o Programa Saúde da Família que precisa ser universalizado.


 


A proposta de criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS) que, se aprovada arrecadará anualmente mais de R$ 10 bilhões para a saúde, já foi aprovada na Câmara dos Deputados, mas dificilmente passará no Senado onde tucanos e demos já afirmaram que vão derrubar. A CSS prevê uma alíquota de 0,10% e incidirá sobre a movimentação dos que ganham acima de R$ 5 mil, ou seja, apenas dois por cento dos contribuintes. A alegativa de que vai onerar os produtos e serviços não pode ser mais hipócrita, pois a alíquota da CPMF era de 0,38% e quando foi derrubada nenhum produto ou serviço baixou de preço.


 


Na área de educação, tucanos e pefelistas (demos) causaram um verdadeiro desastre no ensino médio e superior. O ministro tucano da Educação, Paulo Renato de Souza, proibiu a construção de escolas técnicas (atuais Cefets) em todo o País, e disse com todas as letras que não via sentido a universidade pública ser gratuita. Não é sem motivos que o ensino superior privado cresceu assustadoramente nos oito anos do desgoverno tucano-pefelista (1985 a 2002) e a universidade federal pública ficou tão sucateada.


 


Porém o mal maior que os tucanos e demos tentaram causar aos brasileiros mais pobres foi acabar com os programas sociais, notadamente o Bolsa Família que atende a mais de 11 milhões de famílias carentes. Eles dizem que o Bolsa Família é um programa eleitoreiro e que leva as pessoas carentes a não querer mais trabalhar, pois se acomodam com “a esmola” que recebem do governo.


 


Os recursos da CPMF eram destinados à saúde, à aposentadoria do trabalhador rural e ao Bolsa Família. Diante da reação da direita – tucanos e demos -, o governo propôs destiná-lo todo à saúde na tentativa de aprovar a sua prorrogação. Aliás um acordo foi feito para que a destinação dos recursos da CPMF fosse exclusiva para a saúde, proposta feita pelos tucanos. Porém traíram o que haviam acordado.


 


Ao votar contra a CPMF, tucanos e demos não demonstraram só o desprezo que têm pelos pobres, mas objetivaram principalmente acabar com o Bolsa Família, pois entendem que este programa é que leva o eleitorado pobre a votar no presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou nos candidatos por ele indicado.


 


Ontem, os neoliberais traidores da pátria comemoraram 20 anos da entrega da Telebrás, a segunda maior do mundo, a empresas multinacionais, em especial da Espanha, Portugal e Estados Unidos. Foi uma das maiores negociatas, num processo de escandalosa corrupção com o aval do Coisa Ruim que deveria estar fazendo companhia a outro Fernando, o Beira Mar, numa prisão de segurança máxima.


 


Muitos são os motivos, mas estes já são mais que suficientes para que os candidatos tucanos e demos sejam rejeitados pela maioria dos brasileiros. Basta competência para massificar essas informações.


 


 


Messias Pontes é jornalista