Frente LGBT defende políticas para uma Salvador sem homofobia
Um ato político no museu Eugênio Teixeira Leal, no Pelourinho, marcou nesta sexta-feira (01/8) o lançamento da plataforma de governo para lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) da coligação Salvador, Bahia, Brasil formada pelo PT, PCdo
Publicado 02/08/2008 01:14 | Editado 04/03/2020 16:21
A importância do ato foi ressaltada por todos os integrantes da mesa, que contou com a participação da senadora Fátima Cleide (PT-RO), relatora da lei que criminaliza a homofobia, da secretária estadual da Mulher do PCdoB, Julieta Palmeira, do coordenador nacional do Núcleo LGBT do PT, Julian Rodrigues, de Laudicéia Gomes do PV, além da candidata a vice-prefeita de Salvador Lídice da Mata, representando a chapa majoritária.
''Este não é apenas mais um evento de campanha. Representa um momento importante, pois nenhum outro candidato à prefeito de Salvador, incluiu em sua campanha a discussão de políticas públicas para a população LGBT. Isso prova que este projeto quer de fato tornar Salvador uma cidade mais humana, onde todos tenham seus direitos respeitados”, afirmou a secretária de Mulher do PCdoB, Julieta Palmeira. Ela enfatizou ainda a necessidade de priorizar a discussão em torno da discriminação sofrida pelos travestis e mulheres negras e lésbicas, principais vítimas da violência nesse segmento da população.
Políticas públicas
A mesma preocupação foi demonstrada pela senadora Fátima Cleide. “A população LGBT está estimada em 10% da população brasileira, não podemos mais tratar estas pessoas como se elas fossem invisíveis. Candidatos do Brasil inteiro precisam seguir o exemplo de Pinheiro em Salvador e apresentar propostas que garantam segurança, educação, saúde e cidadania aos homossexuais”, declarou a senadora.
Falando em nome da frente de esquerda, Lídice da Mata reafirmou mais uma vez o compromisso da chapa majoritária com os LGBT. Ela prometeu também adotar medidas para coibir o tratamento desrespeitoso que agentes públicos, como os policiais, dispensam aos travestis, principalmente na orla. Para Lídice, cabe aos municípios a tarefa de proteger o cidadão. “É vergonhoso que Salvador seja a campeã nacional de assassinato de homossexuais. É inconcebível que uma pessoa seja morta ou discriminada só porque tem uma orientação sexual diversa da heterossexual. Precisamos mudar isso e a nossa plataforma é o começo “, enfatizou.
A plataforma para a população LGBT da frente de esquerda tem como principais pontos, a criação do programa Salvador sem Homofobia, da coordenação para assuntos de diversidade sexual, do programa cultural LGBT para Salvador, a garantia de que nenhum cidadão deixe de receber atendimento médico por sua orientação sexual, o reconhecimento da união entre funcionários municipais LGBT, entre outras propostas.
De Salvador,
Eliane Costa