Campanha deve imunizar 2,5 mi contra a rubéola

Essa é a proposta da Campanha Nacional de Vacinação deste ano. A Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) tem como meta atingir uma cobertura de 95% contra a poliomielite e deixar 2.544.922 pessoas livres da rubéola.

O Ceará registrou surto da rubéola em 2007, com 342 casos, distribuídos em 22 municípios. Este ano há uma redução no número de casos. Foram confirmados 78 casos da doença três municípios.

Além de não apresentar um caso de poliomielite há 30 anos, este ano a campanha de imunização abrangerá a vacinação contra a rubéola. Ontem, foi feito o lançamento em todo o Estado, na Unidade Básica Edmar Fujita, no Bairro Dias Macêdo. A campanha de vacinação acontecerá, hoje, no período de 8 às 17 horas.

O coordenador de Políticas de Saúde do Município, Alex Mont´Alverne, destacou que cerca de 600 postos de atendimento estarão disponíveis à população durante o dia de hoje. A vacinação contra a rubéola, a exemplo do que acontece em todo o País, deverá prosseguir até o final da primeira quinzena de setembro próximo.

Alexandre Mont´Alverne, que esteve representando Odorico Monteiro, secretário de Saúde do Município, ressaltou que se dará este ano uma ênfase contra a rubéola, não apenas para que se mantenha o controle, mas que também a doença possa vir a ser erradicada.

O coordenador de Políticas de Saúde do Município lembrou que embora, este ano, não tenha havido notificação de rubéola, o Município de Fortaleza registrou 46 casos da doença em 2007. “Não é uma doença letal, mas que causa seqüelas para seus portadores, principalmente quando se trata de gestantes, em vista da possibilidade de má formação dos fetos”, ressaltou Alexandre Mont´Alverne.

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Rubéola quer vacinar quase 70 milhões de pessoas em todo o País. O objetivo é eliminar a doença e da síndrome da rubéola congênita até 2010. Todas as pessoas – homens e mulheres – entre 20 e 39 anos deverão ser vacinadas, independente de terem tido a doença ou recebido a vacina anteriormente.

A idéia de misturar a rubéola com a pólio – segundo o Ministério da Saúde – , é aproveitar a mobilização, organização e o sucesso da vacinação contra a paralisia infantil. Há 19 anos não é registrado nenhum caso de pólio no Brasil. No Ceará, há mais tempo, em 1988, foi registrado o último caso.

Surtos da rubéola vêm sendo registrados de forma dispersa por todo o País, nos últimos dois anos, colocando em risco a população que ainda não foi vacinada, principalmente, as mulheres grávidas.

A rubéola e a SRC são graves problemas de saúde pública na atualidade. As crianças nascidas de mães infectadas, principalmente, podem apresentar seqüelas como cegueira, surdez, retardo mental, malformações congênitas etc.

Em Fortaleza, vacinação ocorrerá em 91 centros de saúde da família, abertos durante todo o dia de hoje, além de 562 mini postos e postos volantes www.sms.fortaleza.ce.gov.br

Problema de saúde pública para mulheres

“A rubéola apesar de ser uma doença considerada benigna, torna-se um problema de saúde pública para as mulheres, sobretudo, quando a 'doente é gestante', haja visto os sérios danos que podem causar no feto, como deficiências visuais, auditivas, cardíacas, físicas, neurológicas e até o aborto. Muitas vezes, a doença se manifesta de 'inaparente' (sem sintomas) e a pessoa se torna transmissora sem saber. Este é o grande risco da gestante receber o vírus e não saber. A única forma de evitar a doença é vacinar maciçamente as pessoas entre 20 a 39 anos, pois se deduz que acima dos 40 anos, as pessoas já tiveram a doença, e abaixo dos 20, já estão vacinadas”.

Regina Helena Rodrigues
Técnica do Ministério da Saúde

Fonte: Diário do Nordeste