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Tailândia em estado de emergência após manifestações

A Tailândia amanheceu nesta terça-feira (2) em estado de emergência após manifestantes anti e pró governamentais terem entrado em violentos conflitos, com o saldo de um morto e dezenas de feridos.

Em reunião convocada pelo primeiro ministro Samak Sundarejev, o executivo e o alto comando das forças armadas deram vez ao Comando Supremo, que controlará a situação em Bangcoc durante a situação extraordinária.



Samak assumiu a responsabilidade pela decisão, em uma conversa com a imprensa, na qual disse que monitorou os acontecimentos “durante toda a noite” até o ponto que foi quebrada a paz e a segurança.



Assegurou que o estado de emrgência deverá durar “por uns dias”, até que sejam dissolvidas as manifestações da Aliança Popular pela Democracia, o bloco opositor que irrompeu há uma semana na seda da administração.



Mesmo assim, agregou que pediu ao chefe do Exército a aplicação do decreto de emergência em Bangcoc, com a exceção do artigo 9, que proíbe o movimento da população pelas ruas, permitindo assim a continuidade das atividades de trabalho.



Ao ser divulgada a medida, os milhares de apoiadores da Aliança Democrática contra a Ditadura (ADD), que apóia a coalizão governante eleita em fevereiro último, se dispersou para reagrupar-se em Sanam Luang, outro ponto central da cidade.



Testemunhas disseram que os líderes dos protestos da opositora APD afirmaram que permanecerão inamovíveis das instalções do complexo governamental até que Samak e seu gabinete renunciem.



Entretanto, o comandante supremo, general Boonsrang Niampradit, pediu às lideranças das manifestações que mantenham a calma e assegurou que o governo só adotará as “medidas necessárias”.



As 486 escolas de Bangcoc permanecerão fechadas por no mínimo três dias.



A violência deu forma à crise tailandesa, depois que os principais sindicatos das empresas estatais decretaram uma greve geral para a próxima quarta-feira e ameaçaram cortar os serviços de água e eletricidade em todas as instalações oficiais, começando pelos distritos policiais, além de paralizar todos os vôos da empresa aérea nacional.



Ao amanhecer desta terça-feira, mais de 500 manifestantes pró-governamentais caminharam até a sede do executivo, para resgatar o edifício do controle do bloco opositor, superaram as barreiras da polícia e entraram em choque com a demonstração da APD.



Analistas locais e internacionais estimam que a crise alcanções seu ponto crítico e evitarm fazer prognóstiicos sobre o eventual desenlace, já que Samak permanece inalterável na decisão de não abandonar a responsabilidade para que, segundo ele, foi “democraticamente eleito”.



Ao mesmo tempo, os comentaristas apontam que a APD tampouco mostra intenções de ceder em seu objetivo de defenestrar Samak do poder, afirmando também que suspeita-se de que a aliança opositora tem os bolsos “fundos” e “bem cheios”.