Luta da CTB garante jornada de 40 horas na Ford-BA

No complexo da Ford, em Camaçari, os trabalhadores garantiram o direito de redução da jornada de trabalho, para 40 horas semanais, sem redução de salários. A conquista inédita reforça a luta para que a jornada de 40 horas seja uma conquista de todos os tr

“A conquista atinge, diretamente, já num primeiro momento, cerca de 10 mil pessoas, entre os 8,5 mil do complexo da Ford e os demais empregados das empresas do setor de autopeças no estado”, comemora o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Bahia e da direção nacional e estadual da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Aurino Pedreira.


 


A luta por 40 horas semanais de trabalho sem redução de salário vem sendo levantada pela CTB e unificado as lutas de outras centrais sindicais no país.“Essa conquista é parte da bandeira nacional da nossa central sindical, a CTB, para a geração de novos empregos e melhores condições de trabalho para a classe operária, que passa a ter mais tempo para cuidar das suas necessidades pessoais e da família”, ressaltou Pedreira.
 



Com a mudança, os empregados da montadora, instalada no município em 2001, concretizam a reivindicação unificada das centrais sindicais, reduzindo em 4 horas/semanais a jornada de trabalho inicialmente imposta pela Ford. “Toda redução, naturalmente, acarreta uma discussão de perda da produção, mas a medida implica, também, em possibilidades concretas de geração de novos empregos, e a partir daí, se manter a capacidade produtiva da planta da empresa”, analisa o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos.
 



Conquista gradual  


 


Inicialmente, a jornada de trabalho na empresa era de 44 horas/semanais. A partir de 2002, com a campanha salarial, caiu para 42 h/s. Em 2004, a categoria conseguiu uma nova vitória, reduzindo a carga horária para 40h50 semanais. A concretização da conquista atual contou com uma paralisação de 24 horas, realizada no mês de agosto.
 



“Esse é mais um passo e mais outros precisam ser dados no sentido de avançarmos, ainda mais, na conquista dos direitos de toda a classe trabalhadora. A questão da saúde pra gente, hoje, por exemplo, é a bandeira mais importante em função do grande número de lesões que os trabalhadores acabam absorvendo no dia-a-dia das fábricas”, finalizou Pedreira.
 



De Salvador,
Camila Jasmin