Para Cristina, continente renasce das cinzas neoliberais
A presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, que está no Brasil para uma visita de três dias, disse que a América Latina é uma região que começa a “renascer” após os “danos causados pelo neoliberalismo”.
Publicado 08/09/2008 10:57
Cristina iniciou sua visita ao Brasil no Recife, onde assistiu à inauguração de uma instalação do grupo argentino Indústrias Metalúrgicas Pescarmona Sociedade Anônima (Impsa), que produzirá moinhos para a geração de energia eólica.
Em um breve discurso, a presidente argentina citou a instalação como um exemplo do que deve ser a integração na América Latina, uma região que, segundo ela, hoje está em “uma nova etapa, de maior valor agregado, de diversificação da matriz energética” e de busca por um “modelo de acumulação de riqueza diferente”.
As instalações inauguradas por Cristina foram construídas em oito meses e ocupam o complexo industrial do porto de Suape, a cerca de 60 km do Recife, um terreno de 27 hectares, com 13 mil m² cobertos.
A filial do grupo Pescarmona demandou um investimento inicial de US$ 90 milhões, que se prevê que chegará a US$ 145 milhões até 2010.
Segundo cálculos da empresa, durante o primeiro ano de operações serão construídos 70 moinhos, que serão destinados a três parques eólicos no Ceará, que em conjunto gerarão 100 megawatts.
Esses parques do Ceará serão instalados em três praias no norte do Estado e têm o apoio do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), que o governo desenvolve desde 2002 com o objetivo de diversificar a matriz energética nacional.
Cristina citou a iniciativa do grupo Pescarmona como “um exemplo” a ser seguido por “empresários com responsabilidade social” que operam no âmbito do Mercosul, bloco integrado por Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai.
“A história não perdoará que erremos o caminho” e reivindica que “sejam feitos todos os esforços necessários para construir uma verdadeira integração do Brasil e da Argentina, do Mercosul e de toda América Latina”.
Fonte: Efe