Gomyde volta ao palco onde se projetou politicamente
O candidato a prefeito de Curitiba pelo PCdoB, Ricardo Gomyde, matou saudade na noite dessa terça-feira (9/9), no Auditório Amarelo da PUC-PR, em debate com a comunidade acadêmica.
Publicado 10/09/2008 10:22 | Editado 04/03/2020 16:54
''Esse palco foi o elemento mais importante de minha formação política. Aqui ganhei visibilidade ao participar de diversas manifestações. Sinto-me à vontade nesse lugar'', lembrou Gomyde na abertura da palestra.
No fim da década de 1980 e início de 1990, Gomyde liderou diversos movimentos e passeatas estudantis, começando pela luta para baixar o preço das mensalidades. ''A cada semestre tínhamos colegas abandonando o curso porque não conseguiam suportar o reajuste das mensalidades.'' Na apresentação aos alunos, Gomyde falou também de sua aproximação com a educação, tendo sido vice-presidente da Comissão de Educação, Cultura e Desportos na Câmara Federal, quando se elegeu deputado em 1994.
Gomyde centralizou o discurso na educação pela afinidade com o tema, ou partiu desse assunto para tratar de outras questões, como a do transporte público. ''Das grandes capitais do país, só Curitiba não tem o passe escolar, o que garante que o jovem chegue à escola. O nosso transporte coletivo está pedindo socorro. Há 30 anos não se faz licitação para explorar o serviço. Ou se oferece perspectivas para o jovem ou vamos continuar com os problemas da falta de esperança. É crucial que políticas públicas cheguem ao jovem, que forma a camada mais afetada pelo desemprego'', defendeu Gomyde, já complementando uma resposta sobre mendicância.
Em outra pergunta, Gomyde falou de sua luta ainda antes da Constituição de 1988, na definição dos recursos para a área da educação (Lei Calmon), e depois já como deputado, em 1997, tratando das diretrizes e bases da educação nacional. ''Defendemos no orçamento de Curitiba um mínimo de 30% para a educação, sem maquiagem. Em segundo lugar vamos olhar para o magistério, para que teremos qualidade na educação, com acesso a todas as tecnologias. Vamos priorizar a educação de fato. Investir na educação quem ganha é a cidade. Quanto mais qualificado for o cidadão curitibano, atrairemos mais empresas, mais empregos.''
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