Direita boliviana fecha fronteira do país com o Brasil

Membros do Comitê Cívico de Arroyo Concepción, na Bolívia, fecharam à 0h desta sexta-feira (12) a fronteira com Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Eles fizeram morros de terra ao longo da Ponte da Amizade, que liga as duas cidades, impedindo a passagem

De acordo com o presidente do comitê, Carlos Vargas, o fechamento deve durar 72 horas. No lado boliviano da fronteira o comércio foi fechado e o posto da aduana foi tomado pelos membros do comitê. Os 160 integrantes da policia nacional e do exército se retiraram da fronteira.



Vargas disse em entrevista ao Campo Grande News que eles protestam contra as mortes ocorridas nesta quinta-feira, nos confrontos em Pando, um dos cinco estados bolivianos que fazem resistência a Evo Morales e reivindicam autonomia de governo.



Caso Evo Morales não atenda às reivindicações, os manifestantes ameaçam fechar o duto que libera gás para Corumbá, na cidade de Carmo, na Bolívia.



Em Puerto Quijarro, outro ponto da fronteira com Corumbá, a situação é a mesma. O Comitê Cívico também fechou o comércio e a fronteira.



''Essa decisão foi tomada por um 'voto resolutivo', onde todos os comerciantes, autoridades e instituições estão de acordo pelo fechamento total da fronteira e do comercio em geral, por 72 horas, começando a partir da meia noite de hoje'', disse Maribel Toledo, presidente do comitê cívico feminino de Puerto Quijarro.



A Polícia Federal de Corumbá informou que já mandou agentes até o local para ''verificar a situação'', mas não confirmou que se a fronteira está bloqueada ou não.



Até o momento o governo não se manifestou oficialmente sobre o fechamento da fronteira com o Brasil.



UE pede diálogo



A União Européia (UE) condenou nesta sexta-feira (12) os atos de violência nos departamentos bolivianos de Santa Cruz, Tarija, Pando e Beni, e chamou todas as partes a favorecer o diálogo construtivo, para ''evitar uma degradação da situação, que já levou à perda de vidas humanas''.



''A UE condena os atos de violência que se multiplicam atualmente na Bolívia, em particular nos departamentos de Santa Cruz, Tarija, Pando e Beni'', afirmou o bloco, em comunicado.



Da redação, com agências