Bolívia: novo incidente não afetará envio de gás ao Brasil

A Transierra, empresa com participação da Petrobras que é responsável pelo gasoduto que transporta a maior parte do gás natural enviado da Bolívia para o Brasil, informou nesta quinta-feira (11) que a interrupção do envio do produto ao país deve ser resol

Horas antes do comunicado, a empresa havia divulgado a informação de que um novo incidente em um gasoduto boliviano provocara a redução para menos da metade do volume normal no envio de gás natural ao Brasil. Segundo a nota, “durante a noite/madrugada uma válvula de segurança (…) foi manipulada, gerando a interrupção total do serviço pelo (gasoduto) Gasyrg”.



O incidente chegou a afetar o envio de cerca de 50% do gás enviado ao Brasil por dia. O gasoduto está localizado 50 km ao norte da cidade de Villamontes e 900 km a sudeste de La Paz, não região do Chaco, onde se encontram os maiores campos produtores de gás.



De acordo com o gerente de comercialização da Transierra, Jorge Boland, o gasoduto ficou interrompido durante seis horas por conta de uma “manipulação” de uma válvula na estação da companhia, localizada 70 quilômetros ao norte de Villamontes. Entretanto, o executivo afirma que o problema já foi sanado e o envio de gás será restabelecido até o fim da tarde.



Do total de 31 milhões de metros cúbicos de gás enviados da Bolívia para o Brasil diariamente, 17,1 milhões vêm por meio do gasoduto administrado pela Transierra. Com a interrupção total do gasoduto, 55% do gás natural comprado pelo Brasil deixaram de ser enviados.



Segundo Boland, até o fim da tarde a empresa conseguirá restabelecer seu fornecimento para o Brasil para 14 milhões de metros cúbicos de gás. Portanto, ficarão faltando 3 milhões de metros cúbicos de gás para que o fornecimento seja normalizado. Até o fim do dia, portanto, o país estará novamente recebendo 90% do gás previsto em contrato.



Plano B



A Petrobras, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que não vai se pronunciar sobre o assunto até que todos os fatos sejam apurados. O Ministério das Minas e Energia também não confirma a informação, mas o ministro Edison Lobão informou que o governo brasileiro já tem uma estratégia montada para evitar o racionamento de gás e convocou uma coletiva de imprensa para a tarde desta quinta-feira.



O fornecimento total de gás da Bolívia para o Brasil, antes dos incidentes no gasoduto de Transierra, na região do Chaco, girava entre 30 e 31 milhões de metros cúbicos diários.



O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, está reunido com técnicos do ministério e com a Petrobras para tomar medidas adicionais ao plano de contingência da estatal e enfrentar o corte de fornecimento de gás natural da Bolívia.



Segundo a assessoria do ministro, às 16h Lobão dará uma entrevista coletiva para detalhar a operação que tentará evitar problemas de abastecimento no país.



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Da redação, com agências