Ministro boliviano descarta risco de guerra civil

O ministro da Fazenda da Bolívia, Luis Alberto Arce, que está no Brasil, negou nesta quinta-feira (11) que a crise política em seu país dê sinais de uma guerra civil. Segundo ele, trata-se de “pequenos grupos” com cerca de 200 a 400 pessoas, localizados s

“Evidentemente, eles causam danos e estão radicalizando as ações, mas isso não significa que a maioria da população participou desse tipo de ato. São grupos financiados que são acionados de acordo com as instruções que recebem”, disse.



Questionado sobre a possibilidade de novos cortes no abastecimento de gás natural da Bolívia ao Brasil, Arce lembrou que os gasodutos bolivianos somam grandes extensões de terra e que os esforços, a partir de agora, serão “redobrados” por meio do apoio das Forças Armadas do país.



“Estamos militarizando não apenas os pontos petrolíferos e de gás, mas também reforçando os locais suscetíveis de atentados terroristas. É importante mencionar que a empresa estatal de petróleo já começou a reparação desse duto e esperamos que isso possa se resolver com a maior brevidade possível”, afirmou.



De acordo com o ministro, o impacto econômico do corte de aproximadamente 3 milhões de metros cúbicos no abastecimento de gás natural brasileiro representa cerca de US$ 8 milhões diários a menos no orçamento da Bolívia. O país exporta, por mês, 30 milhões de metros cúbicos de gás natural.



“Estamos preocupados com essas coincidências de chamados à violência feitos por governadores opositores que buscam mortes para utilizar como bandeira política. Lamentamos esses atos que repercutem em grupos como a União Juvenil Crucenha, no estado de Santa Cruz, que proliferou seus tentáculos em outros departamentos, causando destroços e danos e passando ao terrorismo”, afirmou.



Fonte: Correio do Brasil