Tropas russas se retiram da parte oeste da Geórgia

Sorridentes, amontoados sobre blindados ou caminhões, os soldados russos deixaram o primeiro acampamento, em Nabada, às 7h45, hora local, em direção à fronteira da Abcásia, distante 80 km. A posição permitia controlar o movimento marítimo rumo a Poti, principal porto georgiano. A desmobilização do acampamento em Patara Poti, ma entrada da cidade, foi igualmente descontraída.

O governo georgiano comemorou a retirada parcial. ''É um exemplo de uma Europa se unindo e do agressor devendo bater em retirada'', disse Kakha Lomaia, secretário do Conselho de Segurança da Geórgia. Outras tropas russas ainda em território georgiano devem se retirar até 10 de outubro, conforme o que foi acordado.

O governo russo destacou que a retirada prometida efetivou-se ''dois dias antes da data fixada'' – que seria segunda-feira. O acordo foi estabelecido entre os presidentes da Rússia, Dmitri Medvedev, e da França, Nicolas Sarkozy. ''A Russia espera que todas as outras partes envolvidas respeitem o acordo de modo igualmente escrupuloso e marcado pela boa vontade, especialmente os dirigentes georgianos, assim como a União Européia'', proclamou a chancelaria russa.

Depois de assistirem ao avanço das rtropas georgianas, e em seguida ao seu recuo diante da resposta russa, a Ossétia do Sul e a Abcásia proclamaram sua independência, embora apenas a Rússia e a Nicarágua tenham reconhecido os Estados assim proclamados. Moscou avisou que pretende manter 3.800 soldados em cada um dos dois territórios, que antes integravam a Geórgia mas há 15 anos fora do controle do controle de Tbilissi.

Com informações do Le Monde