Ceará é o segundo em empregos formais
O Estado registrou o segundo maior crescimento de empregos formais do Nordeste, em agosto. Indústria, comércio, serviços e o setor agropecuário foram os principais responsáveis pelo resultado
Publicado 16/09/2008 10:23 | Editado 04/03/2020 16:36
Com um saldo de 9.947, o Ceará registrou o segundo melhor resultado do Nordeste, em agosto, na geração de empregos com carteira assinada. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Estado teve uma expansão de 1,39% no nível de ocupação formal, em relação a julho. Na região, ficou atrás apenas de Pernambuco.
No acumulado do ano, o volume de postos de trabalho chegou a 31.059. A variação, de 4,47%, foi um recorde na série histórica do Caged. Mais uma vez, o Ceará ficou em segundo lugar na região Nordeste. Na primeira colocação ficou a Bahia, com um total de 57.633 novos empregos formais. O resultado positivo de agosto foi puxado principalmente por Fortaleza (3.686), Aracati (497) e Sobral (427).
De acordo com Júnior Macambira, diretor de estudos e pesquisas do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), o Ceará vive um “ciclo virtuoso de crescimento”, com alguns setores da economia bastante dinâmicos. “Se a comparação for feita com outros estados do Nordeste, nós temos mais indústrias”, diz. Para Júnior Macambira, o Ceará tende a continuar se destacando a médio prazo.
Os dados do Caged reforçam a importância do setor industrial no crescimento de empregos formais. A indústria de transformação, onde estão setores como têxtil, calçadista, de mineração e de alimentos, foi responsável por 2.476 novos empregos. E a construção civil gerou 941 postos com carteira assinada. Juntas, as duas atividades somam mais de um 1/3 do saldo de agosto. Outros setores em que houve significativo crescimento foram o comércio, os serviços e a agropecuária.
Em todo o Brasil, o saldo positivo de agosto chegou a quase 240 mil empregos formais. Foi o maior resultado da série histórica do Caged, de acordo com o MTE, e representou um crescimento de 0,78% em relação a julho. No ranking nacional, o Ceará ficou com o sétimo maior saldo, atrás de São Paulo (83.592), Minas Gerais (19.770), Rio de Janeiro (17.565), Paraná (14.695) e Pernambuco e Santa Catarina (12.151).