Chanceler é favorita para liderar Kadima em Israel
A chanceler de Israel, Tzipi Livni, se consolidou nesta terça-feira (16) como favorita para substituir o premiê, Ehud Olmert, na direção do partido Kadima, cujas eleições primárias transcorrerão obscurecidas pelas suspeitas de corrupção de seu líder.
Publicado 16/09/2008 19:19
De acordo com uma nova pesquisa, Livni poderá ganhar as eleições internas da quarta-feira com 47 por cento dos votos, 28 pontos à frente de seu mais próximo adversário, o ministro de Transporte, Shaul Mofaz.
A pesquisa, divulgada nesta terça-feira pelo jornal Haaretz e o Canal 10, situa numa posição muito distante, e com poucas possibilidades, os titulares da Segurança Pública, Avi Dichter, e do Interior, Meir Sheetrit, cada um com seis por cento dos votos.
Se as previsões se consumarem, os militantes e filiados do partido dirigente não deverão realizar um segundo turno, indispensável no caso de nenhum dos postulados obter pelo menos 40 por cento.
A pesquisa realizada entre 1.808 pessoas e supervisionada pelo departamento de estatísticas da Universidade de Telavive se refere, entretanto, que se Livni for ao segundo turno, obteria 50 por cento dos votos e venceria a Mofaz por uma margem de 17 por cento.
As eleições internas do Kadima devem contar com a participação de 72 mil militantes, que votarão em 144 seções numa centena de localidades de Israel.
Quem vencer substituirá Olmert no cargo de chefe de governo, forçado a convocar a eleição e a se demitir depois de ficar sob processo investigativo por supostos atos de corrupção durante sua gestão como prefeito de Jerusalém e Ministro do Comércio.
No entanto, para reter a primeira magistratura do governo, o novo líder de Kadima deverá conservar a atual coalizão ou obter novos respaldos de outras formações políticas.