Governador Wagner abre a 2ª Conferência de Direitos Humanos da Bahia

O governador Jaques Wagner abriu, nesta segunda-feira (15/9), às 19h, a etapa estadual da 2ª Conferência de Direitos Humanos. “A cultura da paz só pode ser alcançada quando cada um compreender que os direitos humanos devem ser respeitados não só nas relaç

O governador estava acompanhado do assessor José Guerra, da Secretaria Especial de Direitos Humanos, que representou o ministro Paulo Vannuchi.


 


Em seu discurso, Wagner destacou o clima ímpar de democracia que vive o país, e assegurou que as propostas debatidas durante os dois dias da Conferência (que se encerra na quarta, dia 17) servirão de ponto de partida para o desenvolvimento de políticas públicas no estado.


 


Antes da cerimônia de abertura, os delegados e delegadas eleitos nas 12 conferências territoriais, realizadas entre agosto e setembro e que incluíram todos os municípios do estado, se reuniram para discutir e aprovar o regimento da Conferência. “Justamente no ano em que se completam os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a realização desta Conferência representa um avanço na luta pelos direitos humanos no Brasil e no mundo”, comemora Ana Guedes, integrante da comissão de organização do evento.


 


Ana Guedes, que é dirigente do Grupo Tortura Nunca Mais / BA, destacou a importância da reestruturação do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH) – objetivo que norteia as discussões da Conferência. “Irá permitir uma ação mais efetiva do governo, com o apoio das entidades da sociedade civil, para solucionar os problemas da ordem dos direitos humanos no país, que não são poucos”, frizou.


 


Tema central


 


Logo após os pronunciamentos oficiais, a secretária da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Marília Muricy, assumiu o microfone para dar início aos diálogos em torno do tema central da Conferência; “Democracia, Desenvolvimento e Direitos Humanos: superando as desigualdades”. A secretária traçou um panorama das relações de poder, instituídas a partir do poder econômico, político, religioso e social, e atentou para aqueles que não se enquadram no padrão estabelecido. “No contexto atual, da sociedade de consumo, os que não têm poder de compra, são descartáveis”, exemplificou.


 


Segundo ela, é a partir desse comportamento generalizado que brotam as sementes da criminalidade, por conta da aparente irreversibilidade das disparidades econômicas e sociais. “A 2ª Conferência Estadual dos Direitos Humanos é um espaço para que se possa discutir e propor, ao Estado, políticas públicas que possam levar à superação das desigualdades que assolam nosso país”, declarou em clima de expectativa positiva quanto ao evento.


 


“É a oportunidade da população, em parceria com poder público, construir de um governo legitimamente democrático, como nunca foi visto antes no Brasil”, defendeu Ana Guedes, engrossando o coro em torno das boas perspectivas com a realização da Conferência. “A delegação baiana é sempre de luta, combativa e prepositiva e, agora, nesse novo clima democrático que vive o estado, deve contribuir ainda mais para o sucesso da Conferência Nacional”, emendou José Guerra, adiantando a receptividade com relação ao encontro nacional que acontece em Brasília, entre os dias 15 e 18 de dezembro.


 


 


De Salvador,


Camila Jasmin, com Agências