Conselho de Defesa será criado em outubro, diz Jobim

O ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim, anunciou nesta terça-feira (16), em Montevidéu, onde participa da sessão do Parlamento do Mercosul (Parlasul), que será assinado em outubro o termo de criação do Conselho de Defesa Sul-Americano. O ministro de

O Conselho será um fórum de consulta para enfrentar riscos e ameaças, como as catástrofes naturais e o crime organizado, e privilegiará a indústria de defesa regional, explicou o ministro.



Jobim, que discursou na plenária do Parlamento do Mercosul (Parlasul), disse em uma entrevista coletiva que o Conselho “não é uma aliança militar clássica”, mas “um foro de consultas e a possibilidade de integração em questões de defesa”.



Ainda de acordo com o ministro, o órgão “será no nível de ministros da Defesa, ou seus equivalentes”, que terão “reuniões anuais” para “um foro executivo sobre questões de defesa” que tomará decisões “por consenso”.



“Os riscos e ameaças” que o Conselho enfrentará “são de natureza geográfica, os acontecimentos naturais” e “o problema do crime organizado”, completou.


 


Sobre o conflito na Bolívia, Jobim declarou “vai se solucionar com a participação diplomática”, com “o apoio dos presidentes sul-americanos” e que “não haverá uma solução militar”.



Paralelamente, Jobim negou que exista uma corrida armamentista na América Latina. “Quando se diz que há, na América Latina, uma corrida armamentista é porque o discurso serve aos interesses de quem não quer que a América Latina se fortaleça em suas capacidades”, frisou.



Sobre as compras governamentais de armamentos, Jobim comentou que o Conselho buscará, por consenso, “uma regra de privilégio para as indústrias do continente”, assim como “uma política industrial de defesa” que poderá considerar “questões tributárias e até de compras públicas”.



Da redação, com agências