Campanha por libertação dos Cinco soma forças na China

A campanha internacional pela libertação dos cinco antiterroristas cubanos presos nos Estados Unidos teve mais um capítulo nesta quinta-feira (18), com um evento realizado em Pequim, capital da China, para que se faça justiça com os jovens cubanos aprisio

A mensagem nesse sentido foi expressada pelo embaixador de Cuba na China, Carlos M. Pereira, que explicou que esta demonstração de solidariedade com essa causa se inscreve na Jornada Mundial de apoio aos Cinco, iniciada no último dia 12.



“Nesse mesmo dia, se cumpriram 10 anos desse injusto encarceramento”, recordou o chefe da missão cubana, que enfatizou que essa é uma “razão muito poderosa para continuar exigindo sua imediata libertação”.



Acrescentou que, como em muitos outros lugares do planeta, com esta iniciativa se trata de quebrar o silêncio que o governo americano impôs sobre o caso de Gerardo Hernández, René González, Ramón Labañino, Fernando González e Antonio Guerrero.



“Seu encarceramento é um ato injusto e violador do direito internacional, enquanto o processo legal contra eles continua demorando de forma excessiva”, denunciou.



Acrescentou que também são violados os direitos humanos de Olga Salanueva e Adriana Pérez, esposas de René e Gerardo, quando lhes negam os vistos para que os visitem nos cárceres daquele país, assim como obstaculizam a mesma permissão ao resto dos familiares.



O embaixador recordou que recentemente a Corte de Apelações de Atlanta negou as solicitações de reconsideração dos advogados e destacou que a decisão do painel contém uma linguagem politizada, o que favorece de forma explícita posições do governo dos Estados Unidos.



Insistiu em que essa decisão é adotada quando a Casa Branca prossegue com suas manobras para proteger o terrorista Luis Posada Carriles, enquanto nega-se a extraditá-lo para a Venezuela, de onde fugiu quando era julgado pela explosão de um avião civil cubano em pleno vôo.



Ao reiterar sua mensagem de solidariedade com os Cinco, afirmou que esses jovens constituem uma expressão genuína da resistência dos cubanos, ao mesmo tempo em que destacou que “sua luta foi, é e será pela paz”.



Uma mostra similar de apoio a essa causa foi transmitida por estudantes cubanos em Pequim, que se comprometeram a continuar difundindo a verdade sobre o caso.



Além de membros da missão diplomática, encontravam-se presentes o embaixador da Bolívia na China, Fernando Rodríguez, estudantes venezuelanos e amigos da ilha caribenha.



O ato foi realizado na galeria museu Jintai, do Parque Chaoyang, onde também se prestou homenagem ao guerrilheiro cubano-argentino Ernesto Che Guevara com uma oferenda floral colocada junto a um monumento em sua memória.