Espanha cassa legalidade de Partido Comunista basco

A Corte Suprema da Espanha colocou na ilegalidade, na última semana, duas organizações de esquerda pró-independência da região basca, o Partido Comunista das Terras Bascas (PCTV-EHAK, na sigla em espanhol e basco) e a Ação Nacionalista Basca (ANV). A Cort

O PCTV considerou, na última sexta-feira (19), que sua ilegalização ''remete aos tempos mais obscuros do franquismo e do fascismo, nos impõe a Constituição e todo aquele que não a aceite não tem nenhum direito a defender suas idéias políticas''.



Sete dos nove parlamentares do PCTV, compareceram na semana passada ao conselho municipal de Vitória para criticar a sentença da Corte Suprema do país.



Além do PCTV, também foi ilegalizado outro partido basco, alegando vínculos com o ETA, grupo pró-independência da região. A corte suprema havia alegado ligações com o Batasuna, grupo político proscrito, para ilegalizar os comunistas.



A medida anunciada na última semana significa que o governo fechará os escritórios do partido e tomará todos os seus bens. Os nove membros do PCTV que têm assentos no parlamento regional basco continuarão em suas legislaturas, mas serão despojados da filiação partidária.



Além de ilegalizar os dois partidos pró-independência, a Corte Suprema proscreveu o Gestores pró Anistia, um grupo de apoio a membros do ETA aprisionados.



O PCTV elegeu seus nove membros no Parlamento Basco, de 75 lugares, na eleição regional de 2005. Antes da eleição, o direitista  Partido Popular pressionou o governo do PSOE para que ilegalizasse o partido, em obediência a uma lei destinada especificamente a reprimir o Batasuna, proscrito em 2003.



Na época o procurador geral negou a ação, afirmando que não havia evidências de ligação entre os grupos.



Membros dos dois partidos de esquerda fizeram protestos ao longo do fim de semana. Em Pamplona a polícia retirou cartazes de membros do conselho local, pertencentes à ANV, que pediam respeito à vontade popular basca.