Protesto de professores é reprimido com truculência em Porto Alegre
Cpers pedia audiência com a governadora Yeda Crusius.
Publicado 23/09/2008 18:51 | Editado 04/03/2020 17:11
O deputado Raul Carrion (PCdoB) repudiou, durante a sessão plenária desta terça-feira (23), a forte repressão a que foram submetidos professores, funcionários de escola e parlamentares durante manifestação em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre.
Cerca de 100 homens da Brigada Militar – Pelotão de choque hipo (a cavalo), Pelotão de Operações Especiais (POE) e Batalhão de Operações Especiais – para reprimir um grupo de professores e funcionários de escolas com bandeiras e sinetas. Foi este cenário que encontraram os deputados Raul Carrion, do PCdoB, Raul Pont e Elvino Bohn Gass, do PT, na manhã , durante protesto do CPERS/Sindicato.
Os manifestantes pediam a liberação de 40h semanais para que os representantes sindicais possam exercerem suas funções. De acordo com a direção do Cpers, a manifestação contou com membros dos 42 núcleos do sindicato espalhados pelo Estado.
Carrion lembrou que o Governo Yeda tornou prática jogar a ‘polícia truculenta em cima do povo’. Também relatou ter ouvido do próprio coronel da BM, Paulo Mendes, que a ordem era prender os manifestantes caso não saíssem da frente do palácio. “O Governo não tem um olhar para o povo. Apenas criminaliza os movimentos sociais”, afirmou.
O parlamentar comunista também repudiou o não cumprimento da promessa da Casa Civil de receber um grupo de representantes do sindicato ainda na manhã de terça-feira, como havia sido acertado durante as negociações.
Isabela Soares