A exemplo de Lula, Manuela quer diálogo em favor da população

Foi com seriedade, convicção e conhecimento sobre os problemas da cidade que Manuela se apresentou no programa Conversas Cruzadas, da TVCOM, na noite desta segunda-feira (22/9). Em entrevista aos jornalistas Lasier Martins, Dione Kuhn e André Machado,

Em resposta a uma pergunta sobre sua admiração pelo presidente Lula, declarou que busca inspiração nele, porque Lula sabe unir diferentes lados da política e ouvir especialistas para resolver os problemas do país. “No início do governo, falou-se que o desenvolvimento e a estabilidade econômica eram contraditórios às políticas de recuperação social e distribuição de renda. Hoje, temos um país equilibrado economicamente e com geração de empregos, graças ao diálogo de Lula”, argumentou.


 


Definindo Porto Alegre como uma “cidade que repudia preconceitos”, Manuela reafirmou que sua pouca idade não será empecilho para uma boa gestão entre os porto-alegrenses. A receptividade calorosa e acolhedora que tem encontrado nas ruas contraria os argumentos de que seria muito jovem para encarar a administração municipal. “Quem conhece os bastidores da política daqui, sabe que a nossa cidade repudia os preconceitos. Temos a tradição de renovar”, ressaltou. Referindo-se a prefeitos jovens que governaram a capital gaúcha, Manuela citou o exemplo de Loureiro da Silva, que aos 35 anos planejou medidas para o trânsito que vigoram até hoje; Leonel Brizola, que revolucionou a educação; e Olívio Dutra, que consolidou a democracia participativa na gestão tendo apenas dois anos de experiência parlamentar.


 


Carnaval pela inclusão


Declarando-se apaixonada por Carnaval, Manuela afirmou que considera o evento um importante mecanismo de inclusão social. “Jovens músicos que participam da bateria de uma escola de samba sentem-se pertencentes a um grupo. Além da cultura, o carnaval cumpre uma função social, que é disputar os jovens com o tráfico, tirá-los das ruas”. Para Manuela, pouca prioridade é destinada ao tema em Porto Alegre. “Os equipamentos poderiam ser usados durante o ano inteiro. Esse debate sobre o carnaval deve ser feito em respeito à comunidade”, salientou.


 


Ao criticar a atuação lenta e burocrática da atual gestão como entraves à disputa de investimentos do governo federal, Manuela afirmou que a inclusão social dos moradores das periferias deve ser calcada nos pilares da infra-estrutura e educação. “O prefeito não teve velocidade para disputar investimentos para moradia. Aumentar os sonhos da nossa juventude significa criar perspectivas de vida”. Segundo a candidata, a qualificação de mão-de-obra e a inclusão digital são medidas que, além de gerarem emprego, desencadeiam maiores cuidados com a vida.


 


Para conter o tráfico de drogas, a candidata salientou a importância de medidas repressivas combinadas com políticas sociais de geração de novas oportunidades. “Cerca de 20 mil pessoas saem do ensino fundamental e não têm vagas no ensino médio. Falta inclusão social e um planejamento do futuro destes estudantes”, afirmou. Apontando a necessidade de abertura de novas turmas no ensino médio, Manuela ressalvou que o processo de ampliação de vagas não ocorrerá integralmente em quatro anos, mas que precisa ser urgentemente iniciado.