Ferroviários argentinos em greve por melhorias na segurança

O sindicato dos maquinistas de trens da Argentina realiza nesta quarta-feira (24) uma greve de 24 horas, reclamando melhorias nas condições de segurança dos empregados do setor.

“O sindicato pediu ao governo que assuma a responsabilidade sobre a segurança dos trens há um ano e meio. Nos anos 90 transferiu-se a segurança para empresas privadas e assim estamos”, declarou o porta-voz do sindicato, Horacio Caminos.



Assinalou que a lei ferroviária na Argentina é do século 19, pois não permite penalizar infrações nos trens. “Se ninguém queima escolas e hospitais. Por que queimam trens? E ainda por cima não há ninguém preso”, enfatizou.



Há dois dias ocorreram agressões contra trabalhadores ferroviários quando um trem saiu de serviço para as redondezas de Buenos Aires.



No início deste mês, vários vagões de trem foram incendiados e foram registrados distúrbios em três estações ferroviárias nos arredores da capital do país.



“Temos sido testemunhas de reiterados ataques às estações e ao material ferroviário, que é nossa ferramenta de trabalho, e isto compromete seriamente a integridade física dos trabalhadores e do público usuário”, denunciou ontem o titular do sindicato, Omar Maturano.



Fontes sindicais asseguraram que, devido à greve, um milhão e meio de usuários serão prejudicados e durante a próxima semana serão realizadas paralisações rotativas, que farão o serviço de passageiros cessar em cada uma das linhas, separadamente, também por 24 horas.



Autoridades viárias estimam que 200 mil carros a mais que o habitual circularão pela capital, pelo o que são esperadas complicações e demoras importantes nos principais acessos como a Autopista Pan-americana, Acesso Oeste, a autovia Riccheri e a Ponte Pueyrredón.