Odebrecht segue fora do Equador, sustenta Correa
O presidente equatoriano Rafael Correa ratificou nesta terça-feira (30) a sua decisão de expulsar a construtora Odebrecht do país, embora tenha admitido que se a empresa reparar os danos causados, haverá a possibilidade de negociação. “Em princípio, a dec
Publicado 01/10/2008 11:43
Na semana passada, a companhia enviou um comunicado ao governo equatoriano em que aceita as exigências impostas para continuar operando no país. Essas exigências constituem o pagamento de indenização de US$ 43 milhões pelos prejuízos causados na paralisação da hidrelétrica, que não funciona desde junho, e da reparação total da usina erguida pela empresa.
Correa garantiu que o seu governo irá “estudar” a mensagem da Odebrecht e anunciará a sua decisão nos próximos dias.
Pouco antes, o chanceler brasileiro, Celso Amorim, havia declarado que a proposta formulada pela Odebrecht criava uma “nova situação” que permite “encontrar uma solução satisfatória” para a crise.
A Odebrecht realiza obras de infra-estrutura em vários países sul-americanos, seguindo a linha política do governo brasileiro que impulsiona a integração física da região. De certo modo, a construtora é símbolo da estratégia integracionista da atual administração brasileira.
Já Correa elogiou Lula pela sua “atitude extremamente respeitosa diante da soberania equatoriana” durante a crise com e empresa, e insinuou que supostos funcionários da Odebrecht tentaram subornar membros do governo equatoriano.
Cúpula
O presidente do Equador participou nesta terça-feira de uma cúpula presidencial ao lado de colegas de Brasil, Venezuela e Bolívia na cidade de Manaus, capital do Amazonas. Depois de reuniões bilaterais, Correa declarou que houve avanços nas negociações sobre o corredor inter-oceânico Manta-Manaus.
Esse projeto “servirá como porta de saída de produtos brasileiros até o mercado asiático sem precisar passar pelo Canal do Panamá, que é muito mais caro”, destacou. “Manaus se tornará uma espécie de encruzilhada” até Manta, no Pacífico, que também servirá como ponto de ligação entre Caracas e La Paz, prognosticou o mandatário. “E isso é muito importante. É uma mostra interessante de como avança a integração”, opinou.
Fonte: Ansa Latina