Se pudesse escolher, metade dos eleitores não iria votar

Se o voto não fosse obrigatório, você votaria? A pergunta foi feita pela pesquisa O POVO/Datafolha aos eleitores de Fortaleza. Entre os que responderam, 50% disseram que sim, votariam mesmo que não fossem obrigados. Outros 49% disseram que não e 1% disse

Você encara o voto como um direito ou uma obrigação? Na estrutura política institucional brasileira, a possibilidade de escolher governantes e representantes é o principal instrumento de exercício do poder de que dispõe o cidadão. Para metade dos eleitores de Fortaleza, porém, o dever de ir até o local de votação em pleno domingo é um fardo do qual abririam, caso tivessem oportunidade de decidir.


 


A pesquisa O POVO/Datafolha perguntou aos eleitores da Capital: “Se o voto não fosse obrigatório, você votaria?” Dos 1.040 eleitores pesquisados, 50% responderam que fariam questão de escolher seus candidatos, mesmo que a lei não os obrigasse. Já 49% prefeririam, caso pudessem escolher, deixar para outros a missão de eleger os dirigentes do Executivo e os representantes no Legislativo. O 1% restante não soube responder se optaria por votar ou não.


 


A disposição para votar, independentemente da obrigatoriedade, é maior entre os eleitores de Patrícia Saboya (PDT) – 56% disseram que votariam, mesmo que o voto fosse voluntário – e Luizianne Lins (PT) – o índice daqueles que declararam que votariam por opção ficou em 54%. Dos três principais candidatos, apenas Moroni Torgan (DEM) tem maioria de eleitores que não votariam, caso tivessem oportunidade de escolher: 51% não votariam, enquanto 48% votariam e 1% não sabe.


 


O voto é obrigatório no Brasil desde o Código Eleitoral de 1932. A Constituição de 1988, no artigo 14,, inciso I, estabelece como obrigatório o voto para maiores de 18 anos e facultativos para os analfabetos, maiores de 70 anos e para os maiores de 16 e menores de 18 anos.


 



EMAIS


 


ENTENDA A PESQUISA


 


– A pesquisa O POVO/Datafolha foi realizada nos dias 25 e 26 de setembro e ouviu 1.040 eleitores. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. A consulta está registrada na Justiça Eleitoral com o número 106066/2008 – autos 742.