Chaparral quer evitar compra de voto para vencer eleição

A maior preocupação do candidato à reeleição em Barra do Garças, Zózimo Chaparral, do PCdoB, é evitar a prática da compra de voto que ainda persiste na cidade. Para isso, ele reuniu um grupo de militantes e simpatizantes do PCdoB e dos demais partidos

Chaparral acredita que já consegui virar a preferência dos votos, mas diz que não pode considerar a disputa ganha. As pesquisas davam ampla vantagem de votos para Wanderlei Farias, do PR,  mas Chaparral acredita que essa situação já foi superada.



Uma das coordenadoras de campanha de Chaparral, Neila Abadia Alves, explica que “ele (Wanderlei) vai usar o que tem – dinheiro” e explica aos fiscais como as coisas funcionam. O eleitor recebe um valor que pode chegar até R$50,00 antes de votar e, depois de votar e comprovar o voto por foto feito pelo celular, recebe mais R$50,00.



Neila alerta os fiscais para não permitirem a entrada dos eleitores com celular na cabine de votação. Ao mesmo tempo, explica que eles devem manter bom relacionamento com os mesários, que são os responsáveis em fazer cumprir a lei que proíbe a entrada dos eleitores com celulares.



Tarimbada em campanhas eleitorais, Neila alerta ainda aos fiscais que não aceitem nada dos fiscais da candidatura adversária. Ela conta que eles utilizam de qualquer recurso, inclusive oferecendo bebida com laxante, para inviabilizar a atuação dos fiscais da candidatura de Chaparral.



As eleições municipais são o principal evento político nas cidades do interior. A proximidade do fato envolve toda a população em uma disputa apaixonada. Em Barra do Garças, a quarta cidade mais importante do Estado do Mato Grosso,  a situação não é diferente.



Disputa desigual



Neste sábado (4), às vésperas do pleito, os candidatos ainda estão nas ruas em carreatas e carro de som, com os jingles e os slogans, onde todos cantam vitória e atribuem ao adversário estado de desespero. A disputa é acirrada.



Para Chaparral, ele concorre não apenas com o adversário mais próximo – Wanderlei Farias, do PR, mas com o poder econômico que ele representa como um dos homens mais ricos do Brasil e com a (in)Justiça Eleitoral.



Chaparral se queixa de que foi prejudicado na propaganda eleitoral do rádio e TV pela posição tendenciosa do juiz Milton Pelegrini, que acatou todas as denúncias do candidato do PR, reduzindo em 30% o horário do atual prefeito. “Ele (Wanderlei) fez propaganda no horário eleitoral obrigatório e no noticiário local como detentor dos meios de comunicação local”, denuncia Chaparral.



Julgamento político



Além do poder econômico que tem que enfrentar do candidato adversário, Chaparral se viu envolvido numa trama política. Depois de ter as contas da Prefeitura aprovada nos dois anos anteriores, este ano, as contas de Chaparral na Prefeitura de Barra do Garças foi desaprovada pelo Tribunal de Constas do Estado (TCE),  a despeito do voto do relator favorável à aprovação.



O prefeito atribui o resultado da votação a um julgamento político-eleitoral. A votação do relatório ficou empatada em dois a dois. O desempate pela desaprovação foi feito pelo presidente do  Tribunal, Antônio Joaquim, que é primo de Wanderlei Farias, adversário de Chaparral na disputa pela Prefeitura de Barra.



De Barra do Garças
Márcia Xavier