Atentado de Tskhinvali reaviva tensão Rússia-Geórgia

No dia seguinte à explosão que matou 11 pessoas, dos quais oito soldados russos, em Tskhinvali, Ossétia do Sul, o presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, ordenou neste sábado (4) que seu ministro da defesa reforce a segurança no território e ''tome todas

O governo russo acusou os serviços secretos georgianos de ter fomentado o atentado ''com o objetivo de desestabilizar a situação na república independente'', como declarou um representante do Ministério Público de Moscou, Vladimir Markine.

O Ministério do Interior da Geórgia imediatamente negou a acusação, com base em contradições levantadas pela cobertura de imprensa: o veículo usado na explosão teria sido achado abandonado numa zona adjacente à Ossétia do Sul,  depois levado até o estado-Maior das tropas russas de manutenção da paz. ''Com teríamos podido saber que os ossetas iriam levar o veículo até o Estado-Maior?'', sublinhou um porta-voz do Ministério, Chota Outiachvili.

A Geórgia enxerga no atentado, ao contrário, uma ação de Moscou para justificar seu ''intervencionismo''. Para Outiachvili, ''isso é uma tática para retardar a retirada'' das tropas russas instaladas nas zonas adjacentes à Ossétia do Sul e à Abcásia, que deve se concluir até q0 de outubro, conforme o acordo entre Moscou e a União Européia. Desde a sexta-feira, um comunicado do Ministério do Interior georgiano acusava ''os serviços secretos russos'' de ter ''encenado essa provocação''.

Com informações do Le Monde