Sarah Palin acusa Obama de ligacão com terroristas

A guerra verbal entre os concorrentes à Casa Branca sofreu uma escalada neste sábado (4), quando a vice na chapa republicana, Sarah Palin, acusou o candidato democrata Barack Obama de ''entender-se com terroristas''. O comitê de Obama refutou a acusação

O ataque veio pouco depois do companheiro de chapa de Sarah, John McCain, chamar seu concorrente de mentiroso. Com as pesquisas indicando vantagem para Obama em muitos ''estados-pêndulo'', entre eles vários onde os republicanos foram vencedores na eleição de 2004, Sarah concluiu, segundo suas palavras, que ''há uma hora em que é preciso tirar as luvas e esta hora é justamente agora''.

O discurso da vice de McCain

Ao discursar neste sábado em um evento de coleta de fundos em Englewood, Colorado, Sarah Palin disse que Obama ''é alguém que aparentemente vê os Estados Unidos como algo tão imperfeito que ele está se entendendo com terroristas que tomavam como alvo o seu próprio país''.

Ela se referia a William Ayers, membro de um grupo radical dos anos 60, os Wheathermen, que 30 anos mais tarde apoiou a primeira campanha eleitoral de Obama, em 1995. Os Wheathermen chegaram a instalar bombas no Pentágono e no Capitólio.

Antes de lançar a acusação, Sarah especificou que foi um dos doadores de fundos para a campanha republicana que lhe ''soprou no ouvido'' que ela devia ser dura para com o campo democrata. Em seguida, ela embarcou para Carson, na Califórnia, para prosseguir a campanha.

O comitê do candidato democrata qualificou o ataque por associação feito por Sarah como ''desesperado e falso''. Para o porta-voz do comitê, Hari Sevugan, ''os comentários da governadora, embora ofensivos, não surpreendem, dada a declaração da campanha de McCain nesta manhã, de que eles recorreriam a ataques-relâmpago na esperança de desviar as atenções dos males econômicos da nação''.

Da redação, com agências