Juntas, centrais fazem grande protesto por trabalho decente

A manifestação em defesa do trabalho decente reuniu cerca de 500 pessoas na capital paulista na última sexta-feira (10). O ato reuniu lideranças de seis centrais sindicais e inicou com uma concentração na Praça Ramos, Centro de São Paulo, às 10h30. Em seg

Em discurso realizado durante a manifestação, o secretário de Comunicação da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Rogério Nunes, criticou “a especulação imoral que tomou conta dos mercados financeiros e desencadeou a crise internacional que agora ameaça o desenvolvimento nacional e emprego dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiras”.


 


“A solução para a crise só virá quando o país adotar um novo projeto de desenvolvimento nacional, fundado na soberania e na valorização do trabalho”, disse Rogério, “neste caminho precisamos de trabalho decente e salários decentes”.


 


Além da CTB, também mobilizaram a CUT, Força Sindical, UGT (União Geral dos Trabalhadores), CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil) e Nova Central.


 


Em mensagem encaminhada ao ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, as entidades que convocaram e promoveram (as seis centrais, mais a FSM e a CIS) enaltecem a união de todo o movimento sindical brasileiro na jornada em defesa do trabalho decente, originalmente sugerida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e reclama uma atuação mais enérgica do ministério e do governo para coibir a crescente precarização das relações trabalhistas, enfatizando a necessidade de combater a terceirização.


 


Unidade amplia conquistas


 


“Com a ação unitária das centrais sindicais, garantimos uma política de valorização do salário mínimo e a retomada do crescimento econômico, com 67,7% dos acordos salariais acima da inflação em 2007 e a geração de mais de 2 milhões de novos empregos formais nos últimos 12 meses”, diz a nota das centrais endereçada ao ministro Carlos Lupi.


 


“Apesar da melhora das massas de rendimentos reais de ocupados e assalariados, respectivamente em 9,1% e 9,6%, continuamos tendo mais de 20 milhões de trabalhadores sem carteira assinada e mais de 44 milhões sem a proteção da Previdência, o que reforça a necessidade de uma maior integração entre a fiscalização governamental e a ação sindical”, segue o texto.


 


“Nosso compromisso é com o desenvolvimento social, com melhor qualidade de trabalho e de vida para quem gera a riqueza e constrói o país. Por isto, sublinhamos a necessidade do governo brasileiro, que já se pronunciou em defesa da ratificação das Convenções da OIT, a 151 – que garante o direito à negociação coletiva no serviço público – e a 158 – que coíbe a demissão imotivada, ampliar o diálogo com a sua base parlamentar a fim de assegurar a sua aprovação o mais rapidamente possível. Do contrário, infelizmente, tal gesto ficaria limitado a uma declaração de intenções”, concluía a nota ao ministro.


 


Fotos: Mauricio Morais


 


Fonte: da redação, com informações do Portal da CTB.