Anistia: aprovadas quatro reparações no RS
A 164ª sessão de julgamento da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça aprovou quatro reparações de caráter indenizatório. A reunião foi realizada no último sábado no assentamento 30 de Maio, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em
Publicado 20/10/2008 11:13 | Editado 04/03/2020 17:11
Vitorino Peccini receberá uma pensão mensal permanente de R$ 1.245,00. Em valores retroativos, ganhará R$ 167,8 mil. Ele foi preso com sua esposa que estava na última quinzena de gestação. Ambos sofreram torturas e seu filho faleceu. Preso novamente em 1966, foi condenado a seis meses de reclusão.
Maria de Lourdes Pedroti Oliveira, viúva de João Maria Fiúza de Oliveira, requereu pensão post mortem e receberá uma indenização de 30 salários mínimos, em prestação única. João Maria foi preso em Trindade do Sul, logo após o movimento militar de 1964, passando por várias sessões de tortura. Agenor Castoldi receberá indenização de R$ 870,00 em prestações mensais e um valor retroativo de R$ 105,6 mil. Realdo Neves de Oliveira terá uma reparação de 30 salários mínimos, pagos em prestação única.
O presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão, disse, citando o MST, que o julgamento em Charqueadas simbolizou a união dos perseguidos políticos do passado com os do presente. A comissão é formada por 20 conselheiros, sendo que dois deles são representantes das Forças Armadas e dos Anistiandos. A próxima reunião da comissão será em Natal (RN), quando será apreciado o requerimento de anistia ao ex-presidente João Goulart.
C Povo NET