Crise financeira pode reduzir até 600 mil empregos no RS
A crise financeira pode reduzir até 600 mil postos de trabalho no Rio Grande do Sul, em 2009. A estimativa é do coordenador de relações sindicais do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), José Silvestre de Ol
Publicado 22/10/2008 10:27 | Editado 04/03/2020 17:11
Ele aponta que o corte das horas extras e o anúncio de férias coletivas são alguns dos indícios da crise dentro das empresas e que a demissão dos funcionários pode ser o próximo passo.
“Estima-se, por exemplo, que cada um ponto de crescimento no PIB, ele gera em torno de 200 a 250 mil postos de trabalho. Se considerarmos que o PIB pode cair dos 5, para os 3,5, é o que algumas avaliações dão conta, então, isso significa dizer que vocês podem deixar de gerar e ter uma perda de cerca de 500, 600 mil postos de trabalho”, diz
Oliveira também prevê que a crise financeira pode reduzir a oferta de empregos temporários para o final do ano. Os setores mais afetados são, principalmente, o comércio e os exportadores, como o automotivo e o calçadista. No entanto, ele alerta que todos os setores são prejudicados com a crise, até mesmo os que têm a economia voltada para o mercado nacional, como o de alimentos e vestuários.
“Já há estimativas que a geração de postos de trabalho temporário, nesse período [final de ano] vai reduzir, já é um sinal da crise. Assim como outros setores que dependem mais de créditos, setores exportador. Os setores que dependem mais do mercado interno, a avaliação é que o rebatimento deve ser menor”, diz.
Além disso, Oliveira afirma que a crise financeira reflete também nas negociações dos sindicatos em campanha salarial com os sindicatos patronais. Dessa forma, a negociação dos benefícios indiretos, como cesta básica, convênio médico e ticket refeição pode ser prejudicada.
Agência Chasque