São Luís: para PCdoB e PT, agressões visam prejudicar debate

Assinada por Márcio Jerry Barroso, presidente do PCdoB de São Luís e coordenador de campanha, e Fernando Magalhães, presidente do PT, a nota diz ainda que “o candidato Flávio Dino vem há vários dias denunciando a tentativa de desestabilizar o processo eleitoral em nossa cidade através de atos de provocação. Dos boatos e mentiras visando atingir o candidato e sua família, os partidários de João Castelo apelaram agora à violência explícita”.

 

A mensagem ressalta ainda que “os eleitores de São Luís desejam que o processo eleitoral transcorra em clima de civilidade e de respeito. Divergências políticas e eleitorais, reafirmamos, não podem jamais degenerar para a intolerância e a violência”.

 

Os partidários de João Castelo, esclarece a nota, “querem intimidar nossa campanha para impor o silêncio e dessa forma perpetrar ações com o objetivo de impedir a todo custo a manifestação do sentimento renovador presente no eleitorado de nossa cidade”.

 

Por fim, a mensagem garante “continuaremos firmes, fazendo uma campanha limpa”.

 

 

Decisão judicial
Também resultado da violência registrada nesta quinta-feira, a Justiça Eleitoral decidiu que as manifestações de rua dos candidatos a prefeito de São Luís devem manter a distância mínima de 500 metros. O não cumprimento da determinação será considerado crime eleitoral. A decisão foi anunciada à tarde pela Justiça Eleitoral, após representação interposta pela coligação Unidade Popular (PCdoB-PT) do candidato Flávio Dino.

 

A assessoria jurídica do candidato comunista, tão logo foi informada do incidente ocorrido na Beira Mar, entrou com o pedido junto à juíza responsável pela regulamentação da propaganda eleitoral na Ilha, Ângela Salazar. A intenção é evitar novos episódios de agressão contra os militantes de Flávio Dino.

 

 Além da distância mínima, a liminar assinada pelo juiz Raimundo Neris, da propaganda eleitoral, intima a coligação São Luís Merece Mais (PSDB-PTC-PSB) a responder pelas acusações perante o TRE, num prazo de 48 horas. A Justiça Eleitoral comunicou sua decisão à Polícia Militar e à Delegacia-Geral da Polícia Civil no intuito de coibir as tentativas de agressão e para que seja garantido o cumprimento da determinação.

 

 

Mais provocação
Novas tentativas de agressão aconteceram no mesmo dia. À tarde, enquanto Flávio Dino participava de uma caminhada na Cidade Operária, apoiadores do candidato do PCdoB organizaram uma caminhada pelas ruas do Monte Castelo, com a participação de militantes da campanha e moradores do bairro.

 

Ao chegarem ao ponto marcado para a concentração da caminhada, anunciado por carros de som, castelistas já ocupavam o lugar com bandeiras e adesivos do candidato opositor. Segundo a coordenação de campanha do candidato do PCdoB, esta foi mais uma “clara tentativa de provocar novas agressões contra militantes da campanha de Flávio”. A organização da atividade pró-Flávio Dino alterou o itinerário para evitar ser vítima de novas agressões. 

 

Na mesma tarde, uma passeata de estudantes pelas ruas do Centro foi transformada em uma carreata guiada por um trio elétrico, a fim de evitar novo confronto com castelistas que se agruparam próximo à concentração da atividade. A manifestação organizada por jovens que apóiam Flávio Dino tinha por objetivo denunciar o aumento de tarifa de transporte coletivo. 

 

 

De São Luís,
Priscila Lobregatte, com informações da campanha de Flávio Dino

 

Leia também:Em São Luís, governadora do Pará declara apoio a Flávio Dino