Carreata e corpo-a-corpo encerram campanhas em BH

Lacerda iniciou o dia em oração na Igreja São Francisco de Assis, na Pampulha. Em seguida, visitou a feira do bairro Padre Eustáquio e o Mercado Central, um dos pontos mais tradicionais da capital mineira. Em tumultuada caminhada no local, cumprimentou comerciantes e populares e demonstrou confiança no julgamento do eleitor.

“Esse segundo turno foi muito bom até para o processo educativo em Belo Horizonte. Serviu para a população avaliar melhor e escolher o nosso perfil, nossa experiência, nossos programas e o projeto político”, afirmou Lacerda, apoiado também pelo governador tucano Aécio neves, numa aliança informal entre PT e PSDB, partidos rivais no plano nacional.

Ao lado de Lacerda, o atual prefeito se disse disposto a “trabalhar na rua o dia inteiro” para fazer crescer “a adesão entusiasmada da população”. Pimentel foi o principal articulador da aliança com os tucanos, que desagradou a uma parcela do PT mineiro e fará com que o partido saia da eleição rachado, qualquer que seja o resultado de amanhã (26). O prefeito pretende se candidatar a governador em 2010, se possível com o apoio de Aécio, cujos planos nacionais também são favorecidos pela aproximação com o PT.

Quintão disse que já se sente vitorioso por ter forçado o segundo turno, ao enfrentar uma tentativa de “projeto para o Brasil”, mas prometeu contrariar novamente as pesquisas, assim como ocorreu no primeiro turno, quando obteve mais votos do que os levantamentos previam.

 “A força dos palácios faz muita gente não revelar o voto, mas o eleitor de BH é independente. A candidatura do outro [Lacerda] quer poder a qualquer custo, mas o eleitor não é bobo e vai dar o troco nesse povo”, argumentou Quintão.

Amanhã, Lacerda e Quintão votarão no período da manhã, acompanhados dos principais apoiadores. Com Lacerda estarão Aécio e Pimentel e, com o candidato do PMDB, o vice-presidente José Alencar e o ministro das Comunicações, Hélio Costa.