João Castelo deve mais de R$ 38 milhões em 20 processos

Ontem (24), durante o debate da TV Mirante, Castelo desafiou Flávio Dino a provar as acusações sobre sua dívida. A coordenação de campanha da Unidade Popular (PCdoB-PT) distribuiu panfleto provando a veracidade da afirmação. “Dever não é crime. O problema é que Castelo é contraditório: diz que sabe administrar, mas os processos mostram o contrário”, diz Guilherme Zagallo, um dos advogados da campanha de Flávio Dino.

O Vermelho teve acesso aos processos e divulga alguns dos dados contidos. No INSS, em processos de autoria da União, o rombo deixado por Castelo chega a mais de R$ 356 mil reais. Um dos processos – que soma mais de R$ 166 mil reais – refere-se a dívidas de uma das empresas falidas de Castelo, o Jornal de Hoje. Até hoje existem funcionários da empresa que nunca receberam seus salários. Já no quesito Imposto de Renda de Pessoa Física o valor é ainda maior: R$ 416.022,29.

Na esfera privada, João Castelo, na figura da Quimicanorte, deve mais de R$ 15 milhões apenas para o extinto banco Bamerindus. Com a empresa Jornais Calderado, de Manaus, Castelo endividou-se ao comprar uma impressora rotativa em julho de 1992. “Saliente-se que baldados foram todos os esforços para conseguir junto ao réu a solução negociada da obrigação, tendo sido inúteis todas as tentativas de um contato pessoal com aquele por parte de prepostos da autora e até por parte do advogado subscritor que não mereceram nenhum retorno dos inúmeros chamados telefônicos, certamente levados ao seu conhecimento, quer para a sua residência pessoal, quer para seu endereço funcional na capital federal”, diz trecho do processo.

Outro calote foi dado no Sesc, que pede o pagamento de despesas relativas a hospedagem em seu hotel em 2004 em dois apartamentos triplos durante 60 dias. O total da dívida é de R$ 20.684. Até hoje se espera o pagamento da dívida.

 De São Luís,
Priscila Lobregatte

Leia também: Diap levanta votos de João Castelo contra trabalhadores