Guimarães: como está a representação contra a grande mídia
Recebi correspondência do Ministério Público Federal informando-me, na condição de presidente do Movimento dos Sem Mídia, do andamento da representação que fizemos naquela instituição denunciando possível crime de alarma social cometido pelas Organizaç
Publicado 27/10/2008 13:08
A carta de rosto do MPF (supra reproduzida) veio acompanhada dos dados pedidos por aquele Ministério em julho deste ano ao Ministério da Saúde. Segundo informações do MS – e para meu espanto –, a situação é muito mais grave do que se suspeitava.
Vale ressaltar que a mídia, que tanto noticiou o surto previsível e sazonal de febre amarela ocorrido no início deste ano, agora esconde dados que mostram que a campanha midiática denunciando suposta epidemia de febre amarela causou quase tantas mortes e adoecimentos quanto a doença em si, pois aquela campanha estimulou a sociedade a se vacinar indiscriminadamente e disso decorreu que:
1 – O Sistema de Vigilância de Eventos Adversos Pós Vacina contra Febre Amarela registrou 53 ocorrências de casos suspeitos (de adoecimento devido à vacina)
2 – Destes, 23 pacientes foram hospitalizados por conta da vacina contra a febre amarela
3 – Dentre os 23 hospitalizados por causa da vacina, 8 (oito!!) pessoas morreram.
4 – Três dessas pessoas morreram por choque anafilático.
5 – Dentre os 15 eventos adversos não confirmados, 5 foram descartados e 10 outros estão sob investigação
6 – Houve surtos de febre amarela nos anos de 1984, 1993, 1999/2000, 2003, 2007/2008
7 – O surto de 2007/2008 foi inferior a todos os outros, apesar de a vacinação ter explodido neste último surto.
O material do MS prova cabalmente quanto foi atípico o comportamento da mídia neste ano apesar de que em todos os surtos anteriores houve muito mais casos de morte por febre amarela e muito menos casos de reação adversa à vacina.
O Ministério Público federal deu 20 dias úteis para o Movimento dos Sem Mídia se manifestar nos autos.
Pretendo começar a trabalhar já na resposta às defesas dos meios de comunicação que se manifestaram no processo e nas considerações que o Ministério Público nos facultou fazer sobre tudo que já se tem disponível em termos de evidências para a instalação de um Inquérito Civil contra os meios de comunicação supra mencionados.
Reproduzo, abaixo, o relatório do Ministério da Saúde. Posteriormente publicarei a íntegra do documento.