Lançada campanha Natal Sem Fome

A meta da 16ª edição da campanha é superar os quase 14 mil livros e mais de seis mil brinquedos doados em 2007

Paz no mundo. Alegria. Brincadeiras. Educação. Por meio de desenhos que expressaram esses desejos, cerca de 100 crianças e adolescentes mostraram o que querem para o futuro. Elas são algumas das beneficiadas pela campanha Natal Sem Fome, cuja 16ª edição foi lançada ontem, na Cidade das Crianças. A meta é conseguir superar os quase 14 mil livros e mais de seis mil brinquedos doados ano passado. E fazer com que mais meninos e meninas tenham acesso à inocência da infância, por meio das brincadeiras, e à leitura.


 


“Queremos mobilizar a sociedade. Todo mundo tem um livro guardado em casa que poderia servir para que outras pessoas pudessem conhecer a história dele”, afirma Nagela Araújo, coordenadora do projeto, que é uma ação do Instituto Nordeste Cidadania. A novidade deste ano é que alguns dos livros doados serão dispostos em praças públicas da cidade. Cada um terá um bilhete com a seguinte nota: “Se você gostou, deixe para que outra pessoa também possa gostar”.


 


A diretora socioambiental da instituição, Cássia Regia Xavier, explica que a pessoa pode até levar o livro para casa se quiser. “Pode deixar um livro que tenha em casa no lugar do que pegou. E ler, deixando de volta em outro local público”. Lianderson Matheus, 14, já leu vários livros doados por meio da campanha. “O primeiro que eu li foi o Memórias de (Monteiro) Lobato. Quando a aula termina mais cedo, eu sempre aproveito pra ler”. O escritor preferido dele é Machado de Assis: “Gosto de todos. Mas queria ser escritor como ele”.


 


O adolescente acredita que é muito importante que todos se mobilizem para doar livros. “Não faz sentido guardar um livro em casa se ninguém está lendo. Doando, mais pessoas poderão conhecer aquela história”. Ivanilson Silva, 10, também foi beneficiado pela campanha. Para ele, a história do Brasil é a melhor de todas as histórias. Adivinha o que ele quer ser quando terminar os estudos? “Professor de História”, responde. O menino é aluno da Escola Municipal de Ensino Fundamental Irmã Dulce, em Maracanaú.


 


Para Edinice Souza de Aquino, diretora da escola, só o passeio para participar do lançamento da campanha já foi um grande momento para os alunos. “A nossa escola tem muitas necessidades. O prédio fica bem próximo de um aterro, de onde a maioria das famílias dos alunos tiram o sustento”. Além da escola Irmã Dulce, outras instituições serão beneficiadas com as doações. “Basta se cadastrar e solicitar”, destaca Nágela.


 


SERVIÇO



16ª edição da Campanha Natal Sem Fome
Quem quiser doar brinquedos e livros deve acessar o site www.nordestecidadania.org.br e ver os pontos de entrega.
As doações seguem até dia 19 de dezembro.
Mais informações pelo número (85) 3295 7138.


 


E-MAIS


 


> Hoje, às 11h30min, será lançada a campanha Amigos. É a 17ª edição da campanha que beneficia anualmente entidades filantrópicas cearenses com doações de alimentos, despertando em seus participantes a consciência da responsabilidade social. No ano passado, foram arrecadadas 23 toneladas de alimentos. A expectativa dos organizadores é ampliar este número em 8,6%, chegando a 25 toneladas.


 


> Neste ano, serão quatro instituições beneficiadas: Santa Casa da Misericórdia de Fortaleza, Lar Torres de Melo e Lar da Criança Domingos Sávio, em Fortaleza; e Comunidade de Vila Pagã e Estrada Nova, em Aquiraz.


 


> O movimento social Amigos em Ação tem a colaboração de empresários de diversos setores e a dedicação voluntária dos diretores e conselheiros do projeto no trabalho de realização e sensibilização da campanha.


 


> O Instituto Nordeste Cidadania (Inec) é uma entidade civil, sem fins lucrativos, constituída em 27 de fevereiro de 1996 por funcionários do Banco do Nordeste, que contribuem financeiramente, de modo voluntário, para a realização de suas atividades.


 


> A campanha Natal Sem Fome teve início em 1996 por meio do sociólogo Herbert de Sousa, o Betinho, idealizador do projeto em todo o País. Dez anos depois, a campanha mudou de foco, por causa do crescimento dos projetos sociais do Governo. Em 2006, passaram a ser doados livros e brinquedos.