Metroviários discutem cargos e carreiras

Teve início ontem (19) e segue até esta sexta-feira (21), o 5º Congresso dos Metroviários de Pernambuco. O encontro que acontece em Itamaracá tem por objetivo discutir os planos da categoria pelos próximos dois anos. Entre os principais pontos da pauta es

Promovido pelo Sindicato dos Metroviários de Pernambuco, o congresso tem como tema “Metroviários 21 anos, a luta não pode parar”. A idéia é manter firma as bandeiras de luta que a categoria levantou e estavam sendo deixadas de lado. “Os metroviários vinham num processo de lutas muito ameno por conta de uma lei criada há anos atrás, mas com os trabalhos da atual diretoria e o apoio do Governo Lula, nós estamos retomando um ritmo bastante satisfatório”, disse o presidente do sindicato, José Inocêncio.


 


Essa lei que Inocêncio comenta é a Lei nº 8.693, de 3 de agosto de 1993, que transfere para os estados a responsabilidade pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). O presidente do sindicato comentou que esse texto gera certa instabilidade para os metroviários. Apesar de nunca ter sido posto em prática, de fato.


 


“Essa lei foi suspensa, mas não foi anulada. Ela ainda está aí e é este o nosso medo. O presidente Lula foi um grande aliado ao suspender a lei, mas um outro governo pode trazê-la de volta se não conseguirmos anulá-la”, explicou. “Vínhamos recebendo pouco incentivo financeiro do Governo Federal e se a responsabilidade passar para os estados, os recursos vão diminuir mais ainda”, completou.


 


A falta de recursos e a estadualização da CBTU levam a um outro ponto que está sendo amplamente discutido durante o Congresso dos Metroviários, a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV). “Todo esse processo causou também uma espécie de congelamento nos vencimentos dos metroviários. Nossa luta, atualmente, é para que esse plano seja revisto e adequado às funções de cada funcionário da CBTU”, argumentou a tesoureira do Sindicato dos Metroviários, Suely Santiago.


 


Nesta sexta-feira, último dia do Congresso, o PCCV entra na roda de discussões. É quando o sindicato vai estudar meios de forçar a anulação da Lei nº 8.693/93. “Temos conversado com diversos parlamentares tanto de Pernambuco, como de outros estados e buscando respostas”, afirmou José Inocêncio.


 


O presidente adiantou que uma paralisação de advertência está sendo programada para o dia 26 de dezembro. “É uma mobilização nacional para que os políticos nos ouçam e atendam o nosso pedido”, concluiu.


 


Do Recife,
Daniel Vilarouca