Comitiva conhece experiências cubanas na saúde, economia e esportes

Participaram da missão institucional os deputados Raul Carrion (PCdoB), Miki Breier (PSB), Adroaldo Loureiro (PDT), Daniel Bordignon (PT), Iradir Pietroski (PTB), Álvaro Boessio (PMDB) e Luiz Fernando Záchia (PMDB).

O objetivo da viagem foi conhecer as experiências cubanas nas áreas da educação, dos esportes, da saúde e do turismo, referências mundiais de qualidade. Durante o percurso, foram mantidos contatos com a Associação de Economistas de Cuba, parlamentares cubanos e entidades sociais.

A viagem foi organizada pela Associação Cultural José Martí/RS (ACJM) e o Instituto Cubano de Amizade entre os Povos (ICAP). Participaram da caravana o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e representante da Central dos Trabalhadores e Trabalhadores do Brasil, Assis Mello, a superintendente do Grupo Hospitalar Conceição, Jussara Cony, a representante da União Brasileira de Mulheres, Dilce Abgail Pereira, o diretor-geral da Secretaria Estacual da Educação, Ervino Deon, o diretor da Suepro da SEC, Lúcio Olympio Vieira, o representante do Sindicato dos Advogados, Oscar Plentz, e o representante da Força Sindical, Valdir Santos de Lima.

O grupo visitou a Escola Latino-Americana de Medicina (ELACM) , onde se formam mais de 10 mil jovens de 28 nações. O principal programa de concessão de bolsas oferecido pelo governo de Cuba a brasileiros é da ELACM. A cada ano, até 100 brasileiros são selecionados para cursar medicina na instituição. Outros mil se formarão na instituição cubana até 2010.

A delegação gaúcha também visitou a Escola Vocacional Vladimir Ilitch Lênin, o Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia, o Hospital Psiquiátrico de Havana e o o complexo turístico Morro Cabaña, o maior complexo defensivo construído pelos espanhóis nas Américas. Os visitantes também conheceram a Escola Internacional de Desportos em Havana, a Escola de Trabalhadores Sociais, em Las Vilas, e o pólo industrial de Villa Clara.

Perfil de Cuba
Cuba está hoje em 52º lugar no ranking de desenvolvimento humano das Nações Unidas, muito à frente do Brasil e da maioria dos países latino-americanos. Na esfera social, por exemplo, a taxa de mortalidade infantil de Cuba é de 5,4 por mil nascidos vivos, menor que a dos Estados Unidos. A mortalidade materna é de 32,5 por cada 100 mil, e a esperança de vida é de 77 anos.

Em 2007, a economia cubana cresceu 7,5%, acima dos 5,6% alcançado pela América Latina e dos 5% do Brasil, por exemplo. O setor agropecuário cresceu 24,7%; a indústria, 7,8%; transportes, 7,9%, e serviços, 11,7%. Entre os setores que se destacaram estão petróleo cru e gás, cuja produção cresceu 2,7%; a geração elétrica ,7%; o transporte de carga, 10,1%; setor de software, 8%; a produção de leite de vaca, 16,8%; a produção de carne,11,7%; a produção pesqueira, 6,9%; a indústria farmacêutica registrou 21% de crescimento, e a pecuária, 40,5%. O salário médio ficou em 5,4%, e o desemprego em 1,8%.

Em Cuba, a educação e a saúde pública são totalmente gratuitas. Há um médico para cada 100 pessoas. No ensino primário, do pré-escolar ao sexto grau, há um professor para cada 20 alunos e o estudo é obrigatório até o final do ensino médio. De cada 100 cubanos, 7,5 têm formação superior.

Isabela Soares