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Membro do PC da Finlândia defende esquerda mais unida no país

PC da FinlândiaA maioria das delegações convidadas para o 10º Encontro Internacional dos Partidos Comunistas e Operários já se encontram em São Paulo. Nas várias reuniões bilaterais, dirigentes de diversos países trocaram experiências com membros da direção do PCdoB. Uma delas aconteceu entre Esa Tulki, do Comitê Central do PC da Finlândia, e Altamiro Borges, secretário de Comunicação do PCdoB.

Tulki quer mais unidade entre partidos
“Hoje enfrentamos um período difícil. Temos cerca de seis mil membros num país com mais de cinco milhões de habitantes”, disse Tukkei sobre o PC da Finlândia, que tem 90 anos de existência e ficou de 1918 a 1944 na clandestinidade.

Ele atribui tal momento às “dificuldades que a esquerda finlandesa, de maneira geral, tem em dialogar com a maioria da população”, parte disso resultante da onda neoliberal fortalecida pela União Européia. No entanto, Tukkei está animado com as possibilidades futuras. “Estamos trabalhando para fazer com que a esquerda estabeleça tarefas conjuntas que unam os partidos desse campo”, explica. Hoje, segundo ele, o país conta com três organizações de esquerda: o Partido Social-Democrata, a Aliança de Esquerda e o Partido Comunista da Finlândia. “De uma maneira geral, nos sentimos como filhos de uma mesma mãe”, brincou.

Ele criticou o governo finlandês, encabeçado pelo primeiro-ministro Matti Vanhanen e pelo presidente Tarja Halonen, principalmente em ministérios como Defesa, Finanças e Relações Internacionais que, lembra, está nas mãos de conservadores. A atual administração, disse, “é um grande desafio para toda a esquerda”.

Para ele, é essencial também o fortalecimento da esquerda para dar respostas e apoio aos trabalhadores, que vêm sofrendo com o aumento do desemprego no país. Em setembro, a zona do euro, da qual a Finlândia faz parte, registrou um índice de desemprego de 7,5%. E, por conta da crise, a Nokia Siemens anunciou o corte de cerca de 1.800 postos de trabalho na Alemanha e na Finlândia, a maioria neste último. “Temos um movimento sindical forte e unido”, disse, esperando que com a união da esquerda seja possível mudar o atual quadro do país.

De São Paulo,
Priscila Lobregatte