Documentário sobre desertificação é lançado na AL
Foi lançado, na manhã desta quinta-feira, 04/12, Auditório Murilo Aguiar, o documentário ''À Flor da Pedra'', produzido através do mandato do deputado Lula Morais, com o apoio da Assembléia Legislativa.
Publicado 04/12/2008 15:38 | Editado 04/03/2020 16:35
A Assembléia Legislativa lançou nesta quinta-feira (04/12), no auditório Murilo Aguiar, o vídeo institucional “À Flor da Pedra”, que aborda as conseqüências do processo de desertificação, experiências de combate à degradação ambiental já adotadas em alguns municípios e soluções para preservação. O vídeo foi produto de uma parceria do Legislativo estadual, por meio do parlamentar comunista, o deputado Lula Morais com várias entidades estaduais relacionadas ao meio ambiente.
Antes da exposição, o parlamentar abriu o evento ressaltando a importância da aprovação da Lei nº14.198 – de sua autoria – publicada no Diário Oficial de 05 de agosto de 2008 que institui a Política Estadual de Combate e Prevenção à Desertificação. Para ele, a lei tem o objetivo de mobilizar a sociedade e órgãos públicos para o combate a este fenômeno. “É o primeiro Estado a possuir uma lei desse porte. É simples, porém de grande importância”, destacou.
No vídeo, Lula Morais faz uma viagem nos diversos municípios cearenses que são afetados pelo fenômeno da desertificação, alertando sobre as conseqüências deste processo e também sobre as possíveis soluções, através de experiências já adotadas e bem sucedidas.
Para o deputado a criação de políticas públicas para combater e prevenir o fenômeno é uma obrigação do Governo, pois é um tipo de devastação irreversível e que afeta diretamente os pequenos agricultores e a economia do Estado.
O deputado disse que grandes extensões de terra do Estado estão sendo atingidas pela desertificação. Segundo ele, a região do Médio Jaguaribe possui 23% de seu território degradado. “O nosso projeto de lei elabora um plano para erradicar a desertificação”, esclareceu, afirmando que este fenômeno anda junto com a pobreza e a desigualdade social.
Roberto Bezerra, técnico da Funceme, disse que em sua estada, ontem, em Jaguaribe e nas circunvizinhanças, constatou as péssimas condições em que a região se encontra. “É a região do Estado com estágio mais avançado de desertificação”, afirmou ele.
Entre os fatores decisivos para o processo desértico estão as queimadas, o uso excessivo da terra, sem que sejam repostos elementos importantes utilizados pelas plantas. Além disso, está a prática irregular do extrativismo da madeira. “Estamos com um projeto utilizando uma metodologia que adapte o uso do solo às condições pecuniárias”, disse, informando que a solução para o problema é de baixo custo.
Para Jorge de Moura, secretário de articulação do município de Tauá, e também integrante do Pacto Ambiental – acordo entre gestores municipais com o intuito de combater o fenômeno – o combate está dando certo na região dos Inhamuns. Segundo ele, a região está contemplada com o Projeto “Aduba Sertão”, especificamente nos municípios de Independência, Novo Oriente e Parambu. “Esqueceram o potencial daquele município (referindo-se a Independência), onde estão transformando áreas desérticas em produtivas”, disse.
Estiveram presentes representantes do Prodema – UFC, MST, União Brasileira de Mulheres, Residência Agrária – UFC, departamento de Biologia – UFC, Associação Caatinga, Funceme, Ematerce, Departamento de Agronomia – UFC, Secretaria Regional I, entre outras.
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social da AL / Assessoria do Deputado Lula Morais